Copa do Brasil: análise da rodada / Flamengo e Cruzeiro sofrem, Botafogo se classifica sem sustos







Botafogo, Flamengo e Cruzeiro avançam às semifinais da Copa do Brasil 2017. Dos três, quem teve menos problemas foi o Botafogo. Fiel ao seu estilo de não se impor e beliscar a vitória com muita entrega e nos contra-ataques, destruiu o Atlético-MG com categórico 3 a 0 em casa. Cruzeiro, sem sofrer até a metade do segundo tempo, por pouco não caiu fora. Com muito esforço e em cima de erros do Palmeiras, empatou por 1 a 1 no Mineirão – o suficiente para se classificar. Quem mais se assustou foi o Flamengo. Dono de uma vantagem de dois gols, construída no jogo de ida, o time carioca perdeu por 4 a 2, com direito a um pênalti dado e depois anulado a favor do Santos. E passou na conta do chá. Confrontos das semifinais terão Botafogo x Flamengo, e Cruzeiro contra o vencedor de Grêmio x Atlético-PR, que se enfrentam nesta quinta-feira (27/7) – no jogo de ida, time gaúcho venceu por 4 a 0. 
IMPERDOÁVEL Levar a classificação até os 40 minutos do segundo e permitir o empate não serve a um time que pensa em ser campeão. Aconteceu com o Palmeiras. Depois de sustentar o primeiro tempo sem grandes sustos e sem também provocar calafrios no adversário, chegou ao gol aos 26 minutos da etapa final, com chute de Keno. Teria pouco mais de 20 minutos para sustentar a classificação – empate por 1 a 1 ou 2 a 2 era do Cruzeiro. Aí Cuca trocou Dudu por Tchê Tchê. O Palmeiras recuou e não soube se defender. Alguns erros foram notáveis. Primeiro com Egídio em um contra-ataque, quando tinha dois companheiros para servir em situação de gol e optou por uma cavadinha bizarra. Gol perdido, gol que daria a vaga à semifinal. Sem muitas opções, o Cruzeiro se lançou e passou levantar a bola na área de Jailson. Aos 40, o lateral Diego Barbosa, na posição de centroavante, fez o gol de cabeça entre Mina e Edu Dracena. Falha da zaga. Falha de Roger Guedes que deveria acompanhar Diego. Pecados cometidos no jogo de ida, ao sofrer três gols no primeiro tempo, serviram para crucificar o Palmeiras, eliminado nas quartas de final como no ano passado.
IMPLACÁVEL Botafogo sabe sofrer e decidir jogos com muita eficiência. Diante do Atlético-MG no Engenhão, teria de reverter a desvantagem de um gol na partida de ida em Minas. Por isso partiu como um rolo compressor logo de início. Saiu em busca do gol com voracidade, sem deixar o adversário respirar. Marcou o primeiro (Carli) antes dos cinco minutos e o segundo (Roger), antes dos 20. Tirou proveito da apatia do time mineiro, simbolizado na inércia de Robinho. Com dois gols de frente, jogou a responsabilidade no colo do Galo, que teria de fazer pelo menos um gol para avançar às semifinais. No segundo tempo, deu ainda mais campo ao Atlético-MG à espreita de um contra-ataque mortal. Sem Robinho (substituído) o estreante Rogerio Micale avançou suas peças no território carioca. E seu time passou a fazer o que mais gosta: cruzamentos na área. Cruzou mais de 30 vezes, todas sem sucesso. Cabia ao time de Jair Ventura também fazer o que mais gosta: sofrer e contra-atacar. Quando restavam menos três minutos para acabar o jogo, Gilson espetou o terceiro gol e liquidou a fatura. Botafogo classificado à semifinal.

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Copa do Brasil: análise da rodada / Flamengo e Cruzeiro sofrem, Botafogo se classifica sem sustos BLOG DO CARLOS DEHON Rating: 5 quinta-feira, 27 de julho de 2017

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