Dinheiro da propina abasteceu contas bancárias do genro de prefeito e do filho do presidente da câmara de Quixadá



O município de Quixadá, no Sertão Central, foi alvo na manhã na última quarta-feira(24) de duas operações do Ministério Público. As operações “Casa de Palha” e a 2ª etapa da operação “Fiel da Balança” apuram crimes contra a Administração Pública nos poderes Executivo e Legislativo de Quixadá.
O Monólitos Post teve acesso, com exclusividade, a decisão da justiça que levou a prisão do genro do prefeito Ilário Marques (PT), do presidente da Câmara Municipal, Ivan Construções (PT) e de mais cinco pessoas. O que você vai ver agora é a confirmação de que uma quadrilha se instalou no Executivo e Legislativo quixadaense. Com provas cabais, a justiça demonstra que o esquema virou familiar. O genro do prefeito e o presidente da Câmara fazem parte de um esquema que deixa os quixadaenses sem saúde, escola, transporte escolar, tudo porque o dinheiro dos serviços públicos foram parar nas contas dos homens que detém o maior poder de influência sobre as decisões do prefeito Ilário Marques (PT).
Na peça, o magistrado narra com riqueza de detalhes, e muitas provas, como uma organização criminosa saqueou os cofres do Executivo e do Legislativo. São várias horas de interceptação telefônica, extratos bancários, dentre outros elementos, todos adquiridos com autorização judicial.
A decisão do magistrado deixa claro, através das provas produzidas pelos promotores, que todo esquema é chefiado pelo presidente da Câmara, Ivan Construções e pelo genro do prefeito Ilário Marques, Milton Xavier Dias Neto, vulgo Neto Dias.
De acordo com o juiz, nas provas acostadas nos autos do processo, alguns extratos bancários revelaram que o dinheiro da empresa Construtora Salles e Araújo LTDA-ME foi depositado na conta do genro do chefe do Executivo quixadaense. As movimentações bancárias mostraram, também, que em apenas uma transferência a sócia da construtora depositou quase 35 mil reais para uma conta cujo titular é o filho do presidente do Legislativo. O Ministério Público afirma que esse dinheiro seria fruto de propina paga aos políticos.
Em sua decisão o magistrado revelou: “Nas movimentações, foram encontradas inúmeras transferências bancárias suspeitas, tais como uma, no valor de R$ 32.754,40, realizada por Silvana Mary De Souza e Silva à pessoa de Francisco Ivan Benício de Sá Filho, médico da rede pública do Município de Quixadá e filho de Francisco Ivan Benício de Sá. Silvana Mary De Souza e Silva realizou transferência bancária também em favor de Milton Xavier Dias Neto, genro do atual prefeito de Quixadá, José Ilário Gonçalves Marques, nomeado por este como diretor executivo do Consórcio Público de Saúde da Microrregião de Quixadá”.
MonólitosPost

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