40 anos de João Paulo II na Terra da Luz: memória e legado

O Sumo Pontífice veio ao Ceará no dia 9 de julho de 1980 para o 10º Congresso Eucarístico Nacional, arrastando uma multidão de 120 mil católicos. No Castelão, partilhou mensagens de devoção a Deus e recebeu o abraço fraterno do povo.

"Foi um dia inusitado para o repórter Carlos Dehon, que estava na orla marítima, ao lado de amigos paulistas, de alguns amigos aqui de Acopiara, de meu irmão Miltinho, quando de repente surge de longe o Ônibus que "levava" o Santo Papa com direção ao Castelão. Esta bem protegido pela segurança da Marinha, e Exército, mas...diante daqueles olhos esbugalhados, atônitos, com a visão do Pontífice, consegui pular a corda que separava às pessoas e bater fotos em sequencias, de João Paulo na frente do Ônibus, acenando para o povo. Foi um momento único. 
Aeroporto de Fortaleza, 9 de julho de 1980. A bordo de um boeing presidencial, às 9h42 de uma quarta-feira, Papa João Paulo II, hoje santo da Igreja Católica, tocava, pela primeira e única vez, o chão do Ceará, que além dos pés firmes, também recebeu um beijo do religioso, gesto de humildade praticado.
Cerca de 120 mil fiéis o esperavam no Castelão, onde aconteceu o 10º Congresso Eucarístico Nacional, que o trouxe oficialmente ao Brasil a convite do então arcebispo da Capital, Dom Aloísio Lorscheider. A vinda do Sumo Pontífice, há exatos 40 anos, fortaleceu a busca pelo Divino, renovou a fé dos cearenses e ainda repercute na memória cristã.
À época, a cidade passou por requalificações estruturais para a visita do religioso, como a entrega da primeira etapa da BR-116 e a ampliação das arquibancadas do estádio de futebol, inaugurado sete anos antes. As ruas, além de limpas e pavimentadas, tinham muros pintados e mais de 500 faixas com mensagens de boas-vindas, mas, sobretudo, registravam a intensa movimentação de rostos felizes e emocionados por causa de João Paulo II.
O Papa polonês faleceu em 2 de abril de 2005, aos 84 anos. Foi canonizado no dia 27 de abril, no Domingo da Divina Misericórdia, quando a Igreja Católica o reconheceu como São João Paulo II, que curou uma lesão cerebral grave em Floribeth Mora. A costarriquenha testemunhou ter ouvido a voz dele dizendo: "Levante-se, não tenha medo". Gracinha, como é chamada a catequista, orgulha-se de ter conhecido o santo. "Sempre digo para as minhas filhas que eu vi pessoalmente um santo em vida, só não o toquei porque não podia. Ave-Maria, é muito gratificante", celebra.

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