A pesquisa do Ibope, divulgada na noite de quarta-feira, 14, criou um novo ânimo na eleição em Fortaleza. A disputa ganhou em emoção. O primeiro levantamento confirma a correta estratégia do prefeito Roberto Cláudio de ter escolhido o médico Dr. Sarto como candidato a prefeito. Ele não só cresceu rápido nas intenções de voto, como tem a menor rejeição entre os concorrentes diretos. A candidata do PT, também, surpreendeu. Luizianne entrou na faixa de concorrência a uma vaga no segundo turno. Um contexto que surpreendeu positivamente os lulistas e petistas históricos. A imagem de Camilo Santana e de Lula, atreladas à sua campanha, podem ter contribuído. Luizianne está aumentando a carga da imagem do governador na sua campanha.
Com impressionante volume de campanha, Dr. Sarto, mesmo recolhido em casa, por conta do coronavírus, parece estar nas ruas e presente entre os eleitores. Ele é visto na TV, nas redes sociais, fala no rádio com frequência. Nas minicarreatas, passeios ciclísticos e caminhadas, seu nome é citado, o tempo inteiro, através de informes. Ciro, Cid, Camilo, Roberto Cláudio, Antônio Henrique e mais de 600 candidatos a vereadores promovem movimentos de campanha, pela manhã, no final da tarde e à noite. O amarelo de Sarto vai colorindo bairros, de forma organizada, sincronizada.
A pesquisa tem um aspecto considerado decisivo: a força de Ciro Gomes, pré-candidato a presidente República. Ele é o líder do projeto administrativo do Ceará, no qual o prefeito Roberto Cláudio e o governador Camilo Santana estão inseridos, ocupando os dois mais importantes cargos públicos em território cearense. No enfrentamento de popularidade, Bolsonaro tem apenas 26% de influência. Pouco, ainda. Ciro influi em mais de 50% na transferência de votos para o Dr. Sarto.
As pesquisas serão frequentes até 15 de novembro, data do primeiro turno da eleição. Muitos fatos políticos estão por vir e podem alterar o quadro eleitoral. Os debates devem ajudar, mas as dificuldades são grandes. O TSE esqueceu de alterar a norma eleitoral para os confrontos. Não se pode colocar, em um estúdio, 10 candidatos. É um risco. A pandemia de coronavírus segue contaminando, matando.
Roberto Moreira
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