Como PM e ex-esposa utilizavam postos de combustíveis para 'camuflar' o tráfico de drogas no Ceará O PM seria o dono de três postos de combustíveis, que estavam no nome da ex-esposa, e teria movimentado R$ 20 milhões em contas bancárias, em três anos e quatro meses. Os réus foram condenados a uma soma de 40 anos de prisão. Eles recorreram e aguardam decisão do TJCE sobre os recursos

Um policial militar e a ex-esposa foram condenados a uma soma de 40 anos de prisão, pela Justiça Estadual, em razão de um esquema criminoso que utilizava postos de combustíveis, no Ceará, para "camuflar" a prática de tráfico de drogas e para realizar lavagem de dinheiro. Os dois acusados recorreram e aguardam decisão do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) sobre os recursos.

O soldado PM Francisco André Gomes Ferreira foi sentenciado a uma pena total de 33 anos de prisão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, pelo cometimento dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Ele está preso desde fevereiro do ano passado.

Já Maria Aurinete Gomes Queiroz foi condenada a 7 anos e 9 meses de reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto, por cometer associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

Na sentença proferida em abril deste ano, a Vara Única Criminal de Canindé concedeu a Maria Aurinete o direito de recorrer em liberdade e determinou a soltura da ré, com aplicação de medidas cautelares, como monitoramento por tornozeleira eletrônica e não se ausentar daquela Comarca por prazo superior a 15 dias.

A Justiça entendeu, na sentença, que "o cotejo das provas colhidas demonstra que houve a prática do crime em comento por parte dos acusados, tendo em vista que se associaram com estabilidade e permanência para o exercício da traficância, envolvendo ainda terceiros por meio de fornecimento de drogas para a venda, tudo isso com a utilização dos imóveis dos acusados".

SEPARAÇÃO DO CASAL

A sentença judicial detalha que o casal se separou em 2020, quando Maria Aurinete também deixou de participar do esquema criminoso, mas Francisco André "deu prosseguimento ao esquema criminoso, continuando sua associação com terceiros, em especial os frentistas de seus postos de combustíveis".
Nesse sentido, apesar de comprovada sua participação em um primeiro momento de existência da associação, não existem provas no sentido de que Maira Aurinete Gomes Queiroz participou dessa segunda parte do esquema criminoso, que utilizava os postos de combustíveis como ponto de venda de drogas que eram vendidas pelos próprios frentistas."Vara Única Criminal de Canindé
Em sentença

A Vara de Canindé ressaltou que a prisão em flagrante de um frentista na posse de drogas, em 2022, "não impediu a continuidade do esquema criminoso, que
durou até 2024, só tendo cessado com a prisão preventiva do acusado Francisco André Gomes Ferreira no mesmo ano".

(*) Diário do Nordeste

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