Duas comitivas com autoridades políticas estaduais e municipais brasileiras estão presas em Israel devido ao confronto do país com o Irã. O grupo foi ao país depois de um convite israelense para participar do Muni Israel — evento destinado a países de língua portuguesa — entre 6 e 20 de junho. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério de Relações Exteriores de Israel e o Consórcio Brasil Central. Durante todo o sábado, os brasileiros utilizaram as redes sociais para dizer que estavam bem, seguros e bem atendidos pelas autoridades israelenses, mas que não havia previsão de retorno.
O Ministério de Relações Exteriores (MRE) afirmou que está em contato com as autoridades competentes: Israel recomendou que os brasileiros não deixem o país até que a situação seja considerada segura. "Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre", afirmaram.
O Itamaraty também entrou em contato com o Ministério de Relações Exteriores da Jordânia. De acordo com o MRE, o objetivo é estudar uma alternativa de rota de resgate. "(o contato tem o objetivo de) abrir uma alternativa de evacuação por aquele país, quando as condições de segurança em Israel permitam um deslocamento por terra até a fronteira", declarou o órgão. A pasta informou, ainda, que o secretário de África e Oriente Médio manteve o contato com autoridades israelenses pedindo "tratamento prioritário à saída em segurança das delegações brasileiras".
O Itamaraty também publicou uma nota aconselhando brasileiros a evitarem viagens para Israel, Jordânia, Iraque, Irã, Líbano, Palestina e Síria devido ao aumento da tensão na região e divulgaram telefones das embaixadas brasileiras das regiões para os brasileiros que estão nesses países. Também aconselhou a seguirem as instruções dadas pelas autoridades locais até que a situação melhore para realizarem um retorno seguro.
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