Comando da bancada evangélica provoca embate na base bolsonarista

Cezinha de Madureira, atual presidente da frente parlamentar, pode permanecer no cargo, quebrando um acordo firmado há um ano.

O comando da Frente Parlamentar Evangélica, a bancada evangélica, será motivo de mais um embate na base do governo Jair Bolsonaro, diz o Estadão.

O atual presidente, deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), recebeu o aval de sua igreja para permanecer no cargo por mais um ano. Isso, no entanto, romperia o acordo que prevê um revezamento entre as alas da Assembleia de Deus no cargo.

Cezinha pertence à Assembleia de Deus do Brás, do Ministério de Madureira. Ele foi eleito em dezembro do ano passado para o biênio 2021-2022. Para conseguir o cargo, no entanto, ele fez um acordo com o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, liderada por Silas Malafaia.

A ideia era que Cezinha ficasse no cargo até o fim de 2021 e, então, Sóstenes assumisse em 2022.

O bispo Samuel Ferreira, um dos líderes religiosos do Ministério de Madureira disse que fará campanha pela permanência do atual presidente.

“Ele hoje é presidente da frente, tirou um ano, e eu vou fazer campanha, ou vou lembrar o que já houve no passado, para continuar mais um ano. É um rapaz que defende esse governo, defende a igreja e defende, acima de tudo, o Deus a quem servimos”, disse ele no último dia 16, no culto em homenagem à chegada de André Mendonça ao STF.

Ao Estadão, Malafaia afirmou que o acordo deve ser cumprido.

“Vamos ver quem tem palavra ou não. Vamos aguardar para ver se eles têm caráter ou não, e vamos reagir conforme a decisão deles. Não apenas tem um acordo como tem uma ata assinada por Cezinha e por toda a direção da frente.”

(*) O ANTAGONISTA

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