"O Supremo Tribunal Federal tem uma dívida para com a democracia brasileira: não impediu, com argumentos jurídicos e com sua autoridade de guardião da Constituição, que fosse politicamente consumado pelo Congresso um golpe contra a presidente eleita Dilma Rousseff, deixando ir em frente um processo de impeachment viciado", lembra a jornalista Tereza Cruvinel, fazendo uma crítica à delação feita nesta segunda-feira 29 pelo ministro Luís Roberto Barroso, que para ela "fez um tímido ensaio de autocrítica" ao admitir que a remoção de Dilma deixou uma cicatriz na vida política brasileira, mas que o STF não interferiu no processo por acreditar que não devia fazer uma opção política numa sociedade divida; "Desculpe o ministro, mas esta é uma explicação errada para uma atitude errada", diz Tereza; para a colunista, "a História cobrará" o Supremo por sua decisão.
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