Cid Gomes, o pomo da discórdia. Ele tenta fazer com o PDT o que fez com o PSB e com o PROS





















Print da matéria publicada pelo jornal O Globo, sábado (28)

Qualquer um outro político, achincalhado como está sendo o senador Cid Gomes, pela direção nacional do PDT, já teria deixado o partido, principalmente se, se saindo nada poderá sofrer em relação à questão da Lei da Fidelidade partidária, pois o detentor de mandato majoritário (senador está na relação de majoritários) não é alcançado pela Lei, caso decida trocar de partido, e ficar sem filiação. O PDT nacional prefere indicar um interventor para comandar o partido no Ceará, do que ter Cid à frente da agremiação, como ficou definido no encontro de sexta-feira, no Rio de Janeiro, da direção central do partido.

É muito pequeno o motivo que o prende no PDT hoje, os cargos para seus afilhados na liderança do partido no Senado. É lamentável e deprimente o momento que experimenta o PDT cearense. Cid perdeu o respeito que conquistou, ao longo dos últimos anos, como líder político no Ceará. O ser megalômano que o é, tem destruído todos os seus sentidos, sobretudo o da razão. Virgílio Távora e Tasso Jereissati, demostraram ao longo de suas vidas político-partidária, tantos e variados defeitos, mas nenhum deles capaz de destruir a imagem que os mantêm, até hoje, como os dois principais líderes políticos do Ceará.

Cid até pode ter pensado em estar no mesmo patamar dos dois. Quem sabe se ele quando escolheu Camilo Santana para sucedê-lo no Governo do Estado, em detrimento de outros seus amigos e aliados, de muito mais tempo, não pensava em galgar mais um andar para chegar onde estão, no conceito dos cearenses mais atentos, Virgílio e Tasso. Errou, e continua errando, enterrando qualquer chance de figurar ao lado deste na história que o tempo registra. A briga com o irmão Ciro, que ele o tinha como o segundo pai, não deslustraria tanto o seu currículo, hoje tisnado pelo gesto pequeno da ambição.

Desde o ano passado, o PDT nacional, que não é uma sigla tão grande que possa prescindir do concurso de uma senador eleito pela seus filiados, dá demonstrações que Cid Gomes, não é mais um de seus importantes quadros. E também desde o ano passado, pouco ou quase nada o senador tem feito pelo Ceará, no Congresso Nacional, principalmente pela sua quase total ausência do dia a dia daquela Casa do Poder Legislativo. Cid tem comparecido às sessões do Senado, como deveria e também por ser líder de um partido. Cid não tem um grande discurso que justifique o seu mandato. Cid, foi vice-presidente da CPMI, recém finda, e nela só esteve em duas oportunidades, no dia da sua instalação e no dia do aniversário do presidente da CPMI, deputado Arthur Maia, que pediu a presença do cearense, para ele, Arthur Maia, poder viajar para o seu Estado e comemorar a data com seus familiares. No dia do encerramento da CPMI, à exceção de Cid, todos os demais integrantes do colegiado lá estavam.

Talvez por essa apatia do senador o tenha impedido de ser designado relator da mensagem do presidente Lula, indicando o desembargador cearense Teodoro Silva Santos, para uma vaga de ministro do Superior Tribunal de Justiça. A senadora suplente, Augusta Brito, relator o processo. Todos os senadores querem ser o relator de uma mensagem presidencial indicando um nome de uma figura do Estado, para qualquer dos tribunais superiores. Cid é amigo de Teodoro, e foi quem o indicou, enquanto governador do Estado, para ele ser desembargador. Sua ausência do Senado, talvez tenha sido a razão primeira de não ter sido escolhido. O senador Eduardo Girão não entra nesse rol por ser um opositor do Governo Federal.

(*) Blog do Edson Silva

Related Post

Cid Gomes, o pomo da discórdia. Ele tenta fazer com o PDT o que fez com o PSB e com o PROS BLOG DO CARLOS DEHON Rating: 5 segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...