A gestão do prefeito Roberto Filho enfrentou sua primeira derrota legislativa nesta quinta-feira (5), durante sessão da Câmara Municipal de Iguatu. Em pauta, o polêmico Projeto de Lei nº 026/2025, que trata da margem consignável dos servidores públicos municipais.
O projeto retornou à ordem do dia mesmo após pedido de retirada de pauta por vereadores da base governista, e acabou gerando embate entre os aliados do Executivo.
O líder do governo na Casa, vereador João Torres, apresentou uma emenda ao projeto propondo o aumento da margem consignável de 40% para 45%, além de 5% adicional para uso em cartão de crédito.
A proposta, no entanto, foi alvo de críticas incisivas dos vereadores Pablo Neves e Pedro Uchoa, que questionaram a ausência de clareza na redação da emenda, especialmente quanto à base de cálculo da margem, se sobre o valor bruto do salário ou já com os descontos legais obrigatórios.
Na votação, a base do prefeito sofreu uma fissura: os vereadores Pablo Neves, Dr. Zilfran e Hugo Lavor, até então aliados do Executivo, uniram-se à oposição e votaram contra a matéria.
O resultado surpreendente gerou a primeira derrota do prefeito Roberto Filho no Legislativo desde o início de sua gestão.
A sessão foi encerrada pelo presidente da Câmara, vereador Diego Felipe, visivelmente constrangido com o desfecho da votação.
Com o resultado, os servidores municipais saíram vitoriosos, mantendo-se resguardados de qualquer redução na margem consignável de seus vencimentos, que poderia comprometer o acesso ao crédito consignado.
A votação expôs fragilidades na articulação política da base aliada e pode sinalizar possíveis dificuldades futuras para a tramitação de projetos do Executivo na Casa Legislativa.
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