O ocaso da era Ednaldo Lavor em Iguatu está longe de refletir a esperança que marcou seu início. Após oito anos à frente do executivo municipal, o prefeito vai terminar o mandato levando para casa uma rejeição 'estratosférica', fruto de problemas financeiros, desmonte administrativo e um distanciamento crônico da população.
Neste fim de mandato, o caos financeiro tomou conta da Prefeitura de Iguatu. Servidores municipais estão em greve geral devido ao atraso no pagamento de salários e do décimo terceiro. Reflexo de uma administração que, ao longo dos anos, perdeu o controle sobre as contas públicas.
O serviço de coleta de lixo, por exemplo, que antes era realizado três vezes por semana, agora ocorre apenas uma vez, desenhando um quadro claro de desmonte na gestão.
Ednaldo Lavor, que no início do mandato representava a promessa de renovação, hoje se encontra em silêncio e reclusão, 'escondido', como dizem alguns, alheio às críticas que recebe. Seu governo foi marcado, nos primeiros quatro anos, pelo rompimento com o grupo político que o conduziu ao poder, e nos últimos quatro, pelo afastamento de mais de um ano, imposto pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará.
O fim do segundo mandato de Ednaldo deixa um legado de decepção e desafios para o próximo governo. Marcas de uma gestão que foi se apagando ao longo do tempo, assim como a Praça da Matriz, antes adornada para receber as festas de Natal e Ano Novo, e agora apagada, recepcionando apenas o espírito de abandono que paira sobre a cidade.
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