Com Raimundinha, Paulo Diógenes conduziu humor no Ceará do período pós-ditadura às redes sociais; relembre



Batom sobressaltado, blush forte e sobrancelhas mais que alteadas. A maquiagem extravagante era característica certa quando Paulo Diógenes se transformava em Raimundinha. Outro ponto certo eram as risadas. A personagem se firmou como símbolo do humor no Ceará — tarefa árdua, com tanta competição, criada há mais de três décadas. Paulo Diógenes morreu nesta quarta-feira (14), aos 62 anos, em Fortaleza.

O velório acontece nesta quinta-feira (15), também em Fortaleza. O enterro ocorre às 16h. Paulo estava no hospital, em razão de problemas pulmonares, de acordo com amigos.

Mudar de roupa, de cabelo, e até de voz era rotina do humorista. Na vida dele, inclusive, as mudanças começaram cedo. Aos seis meses, chegou a Russas, interior do Ceará, após nascer no Rio de Janeiro. Em entrevista ao programa Se Liga, da TV Verdes Mares, Paulo contou a própria história, caracterizado como Raimundinha.

“O Paulo é 'carioca' em termos, porque o Paulo chegou aqui (no Ceará) com seis meses. É só na certidão de nascimento para se 'amostrar'”, explicou Paulo. O humorista, que se considerava cearense por mérito, deu à luz a Raimundinha em um período onde o riso era mais que necessário.

“Eu nasci aqui em Fortaleza em 1986. Na época, não tinha humor de bar, não tinha humorista, não tinha nada em relação a isso”, relembrou.

“Imagina o Ceará pós-ditadura. Fortaleza, uma cidade altamente machista, patriarcal, aí chega uma pessoa doida, se veste de mulher e vai para cima dos palcos na Aldeota. Ah, minha filha, é tanta história…”, complementou, em referência a um dos bairros nobres da capital cearense.

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