Delegada ingeriu bebida alcoólica antes de acidente com seis vítimas na Grande Fortaleza, diz inquérito



Um inquérito policial apontou que a delegada Regia Amazonas Hiwatashi consumiu bebida alcoólica antes de um acidente que deixou seis feridos em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. O inquérito foi concluído pela Delegacia de Assuntos Internos da Controladoria Geral de Disciplina (CGD) do Ceará. A acusada fazia parte da Polícia Civil do estado.

O acidente aconteceu no dia 27 de maio na CE-452, em Aquiraz, na via que leva à Prainha, um dos destinos turísticos mais conhecidos da região. Na batida, seis pessoas ficaram feridas. Segundo testemunhas, a delegada apresentava sinais de embriaguez.

O inquérito da DAI apontou lesão corporal culposa sob influência de álcool ou outra substância psicoativa. O direito de dirigir da delegada ficou suspenso ou proibido. Entre as vítimas, algumas pessoas ficaram com sequelas graves.

"Das seis, uma ainda está sem trabalhar, com atestado médico de seis meses; teve de colocar uma prótese no femur, faz fisioterapia, ingestão de medicamentos e não consegue se locomover sozinha", disse Tiara Bitencourt, advogada de acusação. A advogada disse ainda que as vítimas vão solicitar também indenização.

Já Leandro Vasques, advogado de defesa da delegada, informou que respeita, mas discorda da conclusão apresentada no inquérito. "A bem da verdade, a delegada não fez ingestão de bebida alcoólica. Inclusive, uma das testemunhas, que é técnico do Samu e esteve presente na ocorrência, testemunhou e afirmou que não verificou nem hálito, nem torpor com relação à delegada", comentou.

"O sinistro se verificou, na verdade, em razão de um caso fortuito, imprevisível, que se deu em razão de uma retinopatia diabética, ou seja, alteração da diabetes da delegada, que turvou a sua visão", complementou Vasques.

A delegada também é investigada na esfera administrativa, com um procedimento disciplinar que analisa a conduta da servidora.

Acusada atuou em delegacia de acidentes de trânsito

Regia atuou, até janeiro de 2023, na Delegacia de Acidentes e Delitos de Trânsito (DADT), quando foi exonerada, segundo informações obtidas pela TV Verdes Mares.

Na DADT, a suspeita exercia o cargo de delegada adjunta, que tem por atribuição a substituição legal do delegado-geral em suas ausências. Um delegado adjunto também pode desempenhar outras atribuições definidas pelo gestor da unidade policial.

A delegada teve a exoneração publicada pela Secretaria Estadual do Planejamento e Gestão no Diário Oficial do Estado no dia 10 de janeiro de 2023. Desde que foi exonerada da função, ela ficou afastada da Polícia Civil por licença médica, conforme informações da corporação.

Delegada pulou catraca de hospital

A delegada e as vítimas foram levadas para o Hospital Instituto José Frota (IJF) em decorrência das lesões sofridas no acidente. No local, conforme informações da investigação da Polícia Civil, a delegada não esperou atendimento e foi embora da unidade hospitalar antes da chegada das equipes policiais que atenderam o caso.

(*) g1 Ceará

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