As escoriações de um tempo nefasto.
Não procurei balas para encher meu cérebro de náuseas nem matei vespas nas línguas de soldados insanos.
A certeza desse tempo maldito somado aos vermes de outros tempos dá-me a escada da involução da insurreição e da falta de zelo. Às portas do labirinto escolar hoje é a entrada da penúltima ordem de um tempo humano vulgar, impróprio e de descomunal comportamento. A distância do cano do rifle e a mira certeira da cabeça explode piolhos e traças da inerte ignorância humana.
Não veremos mais lágrimas, não choramos mais, ficamos rígidos diante da guilhotina e dos cadáveres que se apresentam no dia a dia de toda novidade bestial dessa perdida civilização humana. Foi em vão tanto sangue derramado, tanta ideologia prescrita nas entrelinhas da vide bula da raça paranoica. Podemos cercar a história a escada e o insólito deserto do desamor humano. É como ter o negativo, o abstrato cubo das submissões deterioradas pelo óbvio poder do obter e das falhas das massas. Viramos o pastel da desonra, o kibe das carnes, a teoria dos corpos abduzidos pela língua da serpente tanto do ocidente como do oriente. Às pestes são pedaços de macarrão nessa sopa da lentidão e do horrendo e macabro futuro humano. Outros povos distantes não querem contato simplesmente por temer o açougue desse planeta habitado por vespas.
O que fazer com quem vive á beira da fome, da calamidade, de não ter o que vestir, não ter dignidade na minha terra.
Por Carlos Dehon.
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