Novo arcabouço fiscal permite avanço real de 2,3% na despesa de 2024



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregaram o texto do arcabouço fiscal ao Congresso Nacional nesta terça-feira (18). Nele, definem-se regras fiscais para o comportamento das despesas primárias do governo central e fixam-se padrões para as metas de resultado primário, com base na própria Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Felipe Salto, economista-chefe da Warren Rena, dia que o primeiro ponto importante a destacar é que a regra para correção dos gastos será definida seguindo a variação real da receita primária líquida do governo (descontados os dividendos, concessões e royalties) acrescida da inflação medida pelo IPCA.

No entanto, a variação real da receita será medida, em termos reais, até junho do ano anterior, com base na inflação acumulada até junho, enquanto a correção monetária somada a essa variação real será composta pela inflação acumulada de janeiro a junho, acrescida das projeções do governo contidas na proposta orçamentária (PLOA) para julho a dezembro.

Por exemplo, para 2024, as despesas primárias serão as que constam no PLOA de 2023 (conforme determinado para o primeiro ano, a base será a do PLOA de 2023) e a correção monetária será a inflação de janeiro a dezembro embutindo-se as projeções do segundo semestre.

"Se tomarmos as projeções da Warren Rena, o valor seria de 6%. Para a correção real, será calculada a variação real das receitas líquidas, conforme definição do parágrafo anterior, deflacionadas pelo IPCA acumulado em 12 meses até junho de 2023, multiplicadas por 70% e limitadas pelo intervalo de 0,6% a 2,5%, no caso do período de 2024 a 2027. Pelas nossas projeções, esse percentual seria de 0,6% (0,85% x 70%)", diz ele.

"Para ter claro, as despesas de 2024 serão calculadas assim: despesas de 2023 do PLOA x (1+6%) x (1+0,6%). Isto é, a correção nominal das despesas seria de 6,6%. Sob a hipótese de uma inflação na casa de 4,2%, no ano que vem, a despesa terá crescido, ao final do ano, cerca de 2,3% em termos reais", completa.

(*) iG ECONOMIA

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