Apoio a Bolsonaro nas redes despenca em meio a escândalos de corrupção Menções ao ex-presidente na última sexta corresponderam a menos da metade das citações na volta dos EUA


247 - Jair Bolsonaro (PL), figura central em diversas investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF), está experimentando uma redução progressiva de apoio público por parte de seus aliados nas redes sociais. Essas plataformas têm sido uma das principais trincheiras dos defensores do ex-presidente nos últimos anos. Uma análise conduzida pelo jornal O Globo nos perfis de deputados federais e senadores revela que, no dia 8 de janeiro, quando apoiadores de Bolsonaro atacaram as sedes dos três Poderes, 28 congressistas expressaram discursos alinhados aos interesses do ex-presidente. Esse número nunca mais foi ultrapassado em outros momentos críticos para Bolsonaro. Especialistas argumentam que a ausência de manifestações dos aliados nessas situações dificulta a formação de uma estratégia defensiva digital bolsonarista.

Após oito meses da depredação em Brasília, uma operação da PF focou recentemente no círculo próximo a Bolsonaro, investigando as joias de luxo que ele recebeu enquanto estava no poder. Após essa ação, apenas uma parlamentar, a deputada Bia Kicis (PL-DF), se pronunciou em apoio ao ex-presidente nas redes sociais.

Utilizando ferramentas de mapeamento, a análise examinou mais de 8 mil postagens dos 513 deputados federais e 81 senadores em seis ocasiões distintas. Além do 8 de janeiro e do evento mais recente, outros quatro momentos críticos foram considerados, nos quais figuras próximas a Bolsonaro enfrentaram situações desafiadoras: a prisão do ex-ajudante de ordens Mauro Cid pela PF em maio; a operação de junho relacionada a uma reunião com conotações golpistas envolvendo o senador Marcos do Val (Podemos-ES), o ex-deputado federal Daniel Silveira e um ex-titular do Planalto; a prisão do hacker Wagner Delgatti em 2 de agosto, quando também houve busca e apreensão no gabinete de Carla Zambelli (PL-SP); e a prisão de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), acusado de interferir nas eleições.

Na operação que investigou a fraude nos cartões de vacinação da Covid-19, que resultou na prisão de Cid, um senador e 27 deputados expressaram rapidamente indignação nas redes. O total de reações favoráveis a Bolsonaro caiu para oito durante a ação envolvendo Do Val, e para quatro na situação que abrangeu Delgatti e Zambelli. Na prisão de Vasques, dez parlamentares criticaram publicamente.

Um exemplo é o deputado Capitão Alden (PL-BA), que criticou a operação relacionada à PRF, chamando-a de "sem pé nem cabeça" e até utilizando palavrões. Essa postagem, contudo, foi removida.

(*) 247

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