SAÚDE
No Brasil, a mortalidade por diabetes está relacionada à desigualdade social, de acordo com pesquisa realizada pela Universidade Estadual do Ceará (Uece). Para chegar a esta conclusão, foram analisados dados de 601 mil mortes em decorrência da diabetes mellitus.
Os óbitos estudados ocorreram entre 2010 e 2020, e foram registrados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS).
A cada 100 mil habitantes, o país registra 30 mortes por diabetes, aponta pesquisa da Uece.
“A distribuição de renda não é somente uma questão de justiça social, ela tem também impacto direto no quadro de mortes do país. Os resultados mostram que a desigualdade vai, indiretamente, influenciar a condição de habitação, escolaridade e o próprio acesso à saúde. Então, ter governos que se preocupem com a distribuição de renda mais equitativa também contribui para a prevenção desses óbitos”, enfatiza a pesquisadora Thereza Magalhães.
REGIÕES AFETADAS
De acordo com o levantamento, a região do Nordeste e Sul do país são as mais acometidas com desigualdade social e condições precárias de saúde. Dessa forma, devido às circunstâncias de perda de qualidade de vida e acesso à educação, a população mais pobre é a mais afetada com a doença.
“Nós sofremos consequências do ambiente onde vivemos e da forma como vivemos. E a escolaridade tem um papel crucial nisso, pois ela vai favorecer maior conhecimento sobre saúde e, com isso, maior auto-gerenciamento do diabetes”, alerta Thereza.
TAXA DE MORTALIDADE
Em todo território brasileiro, pelo menos sete estados tiveram alta na taxa de mortalidade por Diabetes Mellitus. São eles: Amapá, Amazonas, Maranhão, Alagoas, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás.
Em contrapartida, o Ceará, Rio de Janeiro e Distrito Federal tiveram uma redução nesse número, já que são áreas, principalmente a região cearense, que têm elevado investimento na Estratégia Saúde da Família (ESF).
Nenhum comentário: