SAÚDE MENTAL E VIOLÊNCIA
Um dos principais problemas enfrentados pelos professores brasileiros tem sido a saúde mental. É o que mostra o livro Precarização, Adoecimento & Caminhos para a Mudança. Trabalho e saúde dos Professores, lançado nesta semana pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho.
“Os estudos têm mostrado que as principais necessidades de afastamento para tratamento de saúde dos professores são os transtornos mentais [...] Hoje os transtornos mentais já têm assumido a primeira posição em causa de afastamento de professores das salas de aula”, disse Jefferson Peixoto da Silva, tecnologista da Fundacentro, em entrevista à Agência Brasil.
A publicação é resultado do do projeto “Os impactos do trabalho docente sobre a saúde dos professores: constatações e possibilidades de intervenção”, desenvolvido oficialmente no âmbito da Fundacentro, de 2014 a 2019.
Durante o lançamento, pesquisadores apontaram que, seja na rede pública ou na rede privada, os professores sofrem de um mesmo conjunto de males ou doenças, em que há predomínio dos distúrbios mentais tais como síndrome de burnout, estresse e depressão. Depois deles aparecem os distúrbios de voz e os distúrbios osteomusculares (lesões nos músculos, tendões ou articulações).
Outro problema que agravou a saúde dos professores é a violência, afirma Renata Paparelli, psicóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
O adoecimento dos professores pode ser resultado de três tipos de violência: a física, como as agressões e tapas; às ameaças; e também as resultantes de uma atividade psicossocial cotidiana, como os assédios, por exemplo, relacionados à gestão escolar, explica ela. Além disso, destaca, há também os episódios de ataques contra as escolas.
*Com informações da Agência Brasil.
Nenhum comentário: