Divórcio nas prefeituras: prefeitos e vices rompidos preparam candidaturas opostas no Ceará em 2024, 23 DE JANEIRO, 10:40



Desde as eleições municipais de 2020, o Ceará tem sido palco de uma série de mudanças nas prefeituras, com a cassação ou afastamento de gestores, a realização de eleições suplementares e até mesmo o rompimento político entre prefeitos e vice-prefeitos. Neste caso, o descompasso ultrapassa os limites da gestão e ganha ares eleitoreiros, sobretudo com a proximidade do pleito. É o que se observa em ao menos 11 municípios do Estado. No primeiro mês de 2024, o acirramento entre gestores ganhou mais fôlego, adiantando uma dinâmica que deve se intensificar a partir do período de campanha.

As tensões têm deixado a população em situação de insegurança institucional. Exemplo disso é Itaiçaba em que, o prefeito reempossado, Frank Gomes (PDT), reverteu um importante ato de gestão tomado pelo opositor e parceiro de chapa, o vice-prefeito Iranilson Lima (PP).

<> Outras cidades <> Itaiçaba, Caucaia, Juazeiro do Norte, Barro, Aracati, Santa Quitéria, Acopiara, Alto Santo, Itapipoca, Massapê, Acaraú,  

Acopiara

Na Terra do Lavrador, Antônio Almeida Neto (MDB) não pode concorrer à reeleição neste ano devido ao fim do segundo mandato consecutivo como prefeito. Esta já é a quarta vez que ele ocupa a função desde 2004 – só esteve longe da Prefeitura entre 2012 e 2016, quando foi ocupada por Vilmar Felix, que vai às urnas em outubro próximo.

A aposta, então, para este ano está no sobrinho Will Almeida, ex-secretário-executivo de Esportes do Ceará e atual superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Estado.

Ele é esposo de Renata Almeida, indicada candidata a vice-governadora na chapa de Elmano de Freitas (PT) em 2022, mas que recuou, abrindo espaço para Jade Romero (MDB). Não à toa, Will deve ter suporte da cúpula petista no pleito de Acopiara.

Em outra frente, existe a pré-candidatura da prefeita interina Ana Patrícia (Republicanos). Ela assume o governo municipal pela terceira vez neste mandato não por licença de Antônio Almeida, com quem é rompida politicamente, mas por afastamento do gestor via operação do Ministério Público.

Agora, ela tenta reunir forças para concorrer ao pleito. A migração do MDB, após cisões no diretório municipal, para o Republicanos foi um dos primeiros movimentos significativos nesse planejamento. Ana Patrícia também tem reunido aliados na gestão, em gesto comum desses casos, e compartilhado o apoio que tem recebido de lideranças comunitárias pelas redes sociais.

(*) Ponto Poder 
(*) Diário do Nordeste

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