Uma auditoria do órgão revelou que 1.405 servidores continuavam recebendo pagamentos de assistência à saúde referentes ao mesmo número de dependentes já falecidos, somando R$ 7,8 bilhões em desembolsos inconsistentes. Segundo informou a CGU ao Correio, a hipótese de fraude foi descartada.
A auditoria analisou exclusivamente o mês de dezembro de 2023, período em que foram concedidos R$ 42,5 milhões em benefícios, o que levantou suspeitas. O erro foi detectado em 132 órgãos da administração pública federal, mas as unidades auditadas foram a Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) e a Secretaria de Relações de Trabalho (SRT), do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Em nota, a CGU explicou que a auditoria não teve como objetivo inicial o acompanhamento da recuperação de valores pagos indevidamente. No entanto, o tema foi tratado no decorrer do trabalho e será monitorado a partir do envio das ocorrências aos órgãos onde foram detectados indícios de irregularidades.
Esses órgãos receberão os relatórios em prazo ainda não definido e terão até 90 dias para se manifestarem. Caberá a eles afastar a presença dos indícios de irregularidades ou, se confirmadas, proceder à correção dos cadastros e à devolução dos valores pagos indevidamente. Nesses casos, os servidores beneficiados também deverão ser notificados.
(*) Correio Braziliense
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