INVESTIGAÇÕES INICIADAS EM 2020
Uma organização criminosa especializado em fraudes bancárias eletrônicas foi alvo de uma operação da Polícia Federal, em parceria com a Caixa Econômica Federal, na manhã desta terça-feira (29). Segundo a PF, o grupo movimentou aproximadamente R$ 25 milhões em operações suspeitas, começando a desviar valores do auxílio emergencial.
As investigações foram iniciadas em 2020 após a prisão em flagrante de três suspeitos em Crateús, onde foram apreendidos aparelhos celulares, notebooks, cartões bancários e chips de operadoras, utilizados para a prática das fraudes.
Após o fim do Auxílio Emergencial, o grupo passou a praticar outras modalidades de fraude. Os principais integrantes foram identificados como operadores das fraudes e recrutadores de contas bancárias. Pessoas próximas e familiares eram utilizadas como “laranjas” para dificultar a identificação dos reais beneficiários.
“As investigações revelaram um esquema sofisticado de obtenção de dados pessoais de vítimas, abertura de contas digitais em nome de terceiros e realização de transferências fraudulentas. A partir da quebra de sigilos bancário e telemático, foi possível confirmar a existência da organização criminosa”, diz a PF.
Foram identificados mais de 70 processos de contestação relacionados a fraudes bancárias eletrônicas, principalmente contra a Caixa, com um prejuízo estimado em R$ 224 mil. Além disso, houve pagamentos de boletos fraudulentos que somam R$ 321.867,32, elevando o montante de fraudes apuradas para cerca de R$ 546.551,45.
Nesta fase da operação, estão sendo cumpridos seis mandados de prisão preventiva, 17 mandados de busca e apreensão e oito mandados de bloqueio de bens, todos expedidos pela Justiça Federal no Ceará. As investigações prosseguem para individualizar a responsabilidade de todos os envolvidos e responsabilizá-los nos termos da lei penal.
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