O prefeito José Sarto tem mantido o bom astral nas suas inaugurações. Após cortar a fita inaugural da reforma do hospital Frotinha de Messejana, fez um show, cantando músicas de barzinhos dos tempos da Bossa Nova. Terminada a etapa musical, bem-humorado, iniciou o discurso. Na metade da fala, fez um desabafo: “Estou aqui entregando uma obra de R$ 17 milhões, tudo recurso próprio. A Luizianne teve o apoio do Lula e do Cid. O Roberto Cláudio, da Dilma, e eu tenho vocês (povo) e Deus”, disse.
A reclamação ou desabafo tem uma leitura política. O prefeito de Fortaleza está buscando a polarização com Evandro Leitão, que será seu adversário em outubro. Ao fazer essa colocação, também, busca um caminho para deixar claro ao PDT, seu partido, que o apoio ao governo Lula não lhe rende nada, o que significa ficar com Ciro Gomes na linha de oposição.
Sarto não fala de pré-campanha à reeleição. Está curtindo seu mandato e passa a impressão de que o barco está sob controle. Tem uma teoria na política que parece ser a receita usada pelo prefeito, a de que a oposição é quem primeiro deve apresentar candidatos.
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