COMO A QUE DESABOU ENTRE MA E TO
O Ceará conta com 93 pontes federais com problemas de infraestrutura que colocam o estado no topo do ranking nacional de estruturas semelhantes à que desabou na divisa entre Tocantins e Maranhão, no último dia 22. Quatro pessoas morreram e 13 estão desaparecidas com o desabamento.
De acordo com o levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo, a partir de dados atualizados até maio de 2023, são 77 pontes em situação ruim e 16 em situação crítica sendo administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Ceará.
Em todo o país, existem 727 pontes no país em situações semelhantes. Estados como Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Rondônia e São Paulo não possuem pontes em condição ruim ou crítica.
O Dnit é responsável pela manutenção e fiscalização de 5.827 pontes nos 26 estados e no Distrito Federal. Esse dado se restringe a pontes, sem incluir outras obras como viadutos, túneis e passarelas. Na avaliação do órgão, há cinco categorias de classificação sobre o estado das pontes federais, sendo 1-crítico; 2-ruim; 3-regular; 4-bom; e 5-ótimo.
DESABAMENTO DE PONTE ENTRE TO E MA
Na tarde de domingo (22), o vão central da Ponte Juscelino Kubischeck de Oliveira, que liga os municípios de Estreito (MA) e de Aguiarnópolis (TO), com 533 metros de extensão, cedeu, derrubando pelo menos 10 veículos. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Maranhão, quatro pessoas (três mulheres e um homem) morreram e outras 13 pessoas continuam desaparecidas.
Os caminhões que caíram da ponte provocaram a contaminação da água do Rio Tocantins e a interrupção do fornecimento da água para os moradores da região. Uma das carretas estava carregada de ácido sulfúrico.
Na segunda-feira (23), o ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que o governo federal destinará mais de R$ 100 milhões para as obras de recuperação da ponte. O Dnit instaurou uma sindicância para apurar causas e responsabilidades sobre o desabamento da ponte.
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