A SUBMISSÃO HIPÓCRITA E JORNALÍSTICA DA GLOBO



29 DE AGOSTO, QUARTA-FEIRA

A Globo, mais uma vez deixou a desejar em sua entrevista com um candidato à presidência da república. Deixou de lado perguntas que interessa ao clero e foi direta em nominar por opiniões particulares do candidato do PSL Bolsonaro, segundo entrevistado da semana. Horrível o atacadismo barato e vulgar dos dois repórteres, William Bonner e Renata Vasconcellos que banalizaram o conceito jornalístico preponderantemente atual. Não sabemos ainda qual a intenção da Globo, se é a audiência ou se é pelo momento atual, e pelo seu vetor de referência denegrir e acabar de vez com alguma candidatura que não lhe interessa. Assim como ela construiu a imagem de figuras políticas durante sua trajetória, também soube destruí-las perante a massificação de sua audiência no horário nobre da aberta TV. Dois pavios curtos foram entrevistados e os repórteres se deram mal, sendo massacrados nas redes sociais. Ciro Gomes percebeu logo a intenção dos dois e se posicionou de soslaio em sua cadeira giratória como que esperando o lobo atacar e inteligentemente esperou a matilha de perguntas voltadas às suas atitudes e pensamentos e sua postura diante da cartilha de planejamento para o Brasil. Foi um bate boca de esquina que deixou os dois "jornalistas" sem direção. O consumo vulgar de perguntas dirigidas a Ciro, deu a entender que mais uma vez a Globo está tendenciosa, e quer por que quer acabar com sua imagem, não deu certo. Ontem, mesmo sabendo da deficiência de Bolsonaro, em muitas áreas, os jornalista apontaram para o nariz do candidato, que se acuou mas mesmo assim, "metralhou" certeiramente em seus pontos fracos, em suas particularidades, e na defesa do seu eterno ídolo mor, e criador Roberto Marinho. Foi um desastre jornalístico.

- Em tempo: 
O que há de concreto nesta história:  
Um texto publicado no site JusBrasil revela o teor de documentos do Departamento de Estado Americano durante a Ditadura Militar. Os documentos mostram como o jornalista e empresário Roberto Marinho (1904-2003), fundador da Rede Globo, atuava como um dos principais articuladores da Ditadura no Brasil, reunindo-se com seus principais líderes, interferindo na sucessão e indicando ministros.
Num telegrama ao Departamento de Estado americano, o então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Lincoln Gordon, deixa clara, segundo o site, a interlocução privilegiada do proprietário da Rede Globo com líderes do movimento militar em decisões importantes.
No dia 14 de agosto de 1965, ano seguinte ao golpe, Lincoln Gordon, enviou a seus superiores um telegrama classificado como altamente confidencial — agora já aberto a consulta pública — em que contava um encontro mantido na embaixada com Roberto Marinho. A conversa, segundo Gordon, versava sobre a sucessão entre os generais militares.
Segundo relato do embaixador, Marinho estava “trabalhando silenciosamente” ao lado de um grupo composto pelo general Ernesto Geisel, chefe da Casa Militar; o general Golbery do Couto e Silva, chefe do SNI (Serviço Nacional de Informação); Luis Vianna, chefe da Casa Civil, que discutiam o futuro do marechal Castelo Branco no comando do País.
No início de julho de 1965, a pedido do grupo, Roberto Marinho teve um encontro com Castelo Branco. De acordo com Gordon, a ideia era que o general prorrogasse seu mandato o que não ocorreu.
Em suas articulações, Roberto Marinho também sugeria a indicação de Juracy Magalhães para o Ministério da Justiça.
A indicação foi aceita e Magalhães instaurou a censura à imprensa.
No dia 31 de julho, Roberto Marinho teria avisado Castelo Branco que, em caso da volta das eleições diretas, a oposição teria grande chances de vitória.
Lincoln Gordon alertou ainda ao Departamento de Estado americano que a movimentação de Marinho deveria ser mantida em segredo. Jogue o documento no Tradutor:

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