Porto Rico eleva de 64 para 2.975 nº de mortos em Furacão



O governo de Porto Rico, território americano no Caribe, elevou de 64 para 2.975 o número de mortos após a passagem do furacão Maria, em setembro do ano passado. O novo balanço foi anunciado nesta terça-feira, 28, após os resultados de estudos comissionados por autoridades locais apontarem mais óbitos que aqueles inicialmente contabilizados. A medida também põe fim à polêmica envolvendo a cifra oficial.
"Estou dando uma ordem para atualizar o número de mortos oficiais para 2.975", disse o governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló. Horas antes, estudo da Universidade de George Washington apontou a cifra, obtida a partir de comparações com dados de mortalidades em circunstâncias normais e mortes documentadas após a tempestade. "Essa é uma devastação sem precedentes"
As mortes contabilizadas incluem as direta e indiretamente causadas pelo furacão Maria. Nas semanas seguintes ao desastre, a população porto-riquenha sofreu com a falta de alimentos, água tratada, gasolina e outros insumos básicos. Idosos e doentes que dependiam de energia elétrica para respiradores, equipamentos de diálise e resfriadores de insulina também foram afetados.
Patrocinado pelo governo de Porto Rico, o estudo detalha o "plano desatualizado" das agências de emergências do governo local, que não se planejou para lidar com furacões e tempestades maiores que a categoria 1. O furacão Maria foi classificado na categoria máxima, 5. O estudo também apontou a falta de equipamentos médicos necessários para certificar o número correto de óbitos neste tipo de desastre.
Rosselló afirmou que criará uma comissão para implementar as recomendações e corrigir as falhas apontadas pelo documento. Além disso, disse que o governo registrará as pessoas que podem ficar em situações mais vulneráveis durante as tempestades, como usuários de equipamentos de diálise.
"Como governador, assumo a responsabilidade que me compete", disse Rosselló. "Mas há responsabilidades em todas as partes", completou, referindo-se ao presidente Donald Trump, a quem pediu ajuda financeira logo após a passagem do furacão.
À época, o presidente foi fortemente criticado por sua demora em responder ao pedido do governo porto-riquenho, considerando a agilidade na liberação de recursos ao Texas e à Flórida após as passagens dos furacões Harvey (2016) e Irma (2017).
Ao comentar sobre o novo balanço de mortes, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders afirmou que a passagem do Maria provocou "a maior missão de resposta a desastres domésticos na história" e disse que o presidente Trump "continua orgulhoso do trabalho do governo federal no auxílio aos cidadãos de Porto Rico". Sanders completou dizendo que a Casa Branca "continuará a apoiar" o governador Rosselló e que "o povo americano, incluindo aqueles em luto, não merecem menos".
A atualização de mortos põe fim à polêmica envolvendo a cifra oficial. Inicialmente estipulada em 64 mortos, o balanço do governo foi questionado pela imprensa por quase um ano por ser considerado baixo demais após a passagem do furacão Maria, que atingiu ventos de 250 km/h. 
Terra

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