Fortaleza tem a qualidade de ar mais bem avaliada entre 38 cidades brasileiras <> 09:30 H

Monitor de qualidade do ar instalado na avenida Beira Mar, em Fortaleza Crédito: Yuri Allen/Especial para O Povo

Fortaleza foi a única entre 38 cidades brasileiras a atingiu patamar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) consideram como "boa qualidade" do ar. O resultado consta no 6º Relatório Anual Mundial sobre a Qualidade do Ar, feito pela empresa suíça, IQAir, divulgado no último dia 19. O documento analisou os níveis de poluição do ar em diversos países em 2023.

Entre 38 cidades brasileiras que participaram do estudo, a Capital atingiu a diretriz anual PM2,5 da OMS no ano passado. O levantamento usou a medida PM2,5, que consiste em partículas inaláveis que caracterizam um elemento de poluição atmosférica. O aumento de PM2,5 afeta a qualidade do ar, o meio ambiente e a saúde humana.

A Capital apresentou índice de 3,4 µg/m³ (microgramas/metro cúbico), se enquadrando nas cidades com qualidade do ar ideal, conforme a Organização Mundial de Saúde. Os índices de 0 a 5 µg/m³ são considerados ideais e os índices entre 5.1 e 10 µg/m³ são considerados acima do ideal, mas ainda são aceitáveis por causarem poucos riscos à saúde da população.

De acordo com a coordenadora do Laboratório da Cidade da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Raquel do Vale, em Fortaleza é realizado o monitoramento da qualidade do ar desde 2020. O projeto foi ampliado no ano passado a partir de uma nova política de vigilância.

“A gente tem uma estação de monitoramento da qualidade do ar desde 2020, ela é móvel e passa por diversos corredores e terminais de ônibus da cidade. No ano passado, foram desenvolvidos monitores de baixo custo. São equipamentos menores e conseguimos ampliar esse monitoramento. Atualmente, temos 30 monitores, além da estação”, cita Raquel.

Ainda segundo a coordenadora da Seuma, os equipamentos monitoram vários parâmetros, como o da OMS presente no relatório: PM 2,5. “Esse material, que são partículas inaláveis, saem de fuligens dos veículos e estão presentes em queimadas. Esse tipo de material é um dos mais prejudiciais à saúde e por isso há um foco de monitoramento dele”, explica Raquel.

Para o professor Rivelino Cavalcante, do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), que pesquisa Avaliação em Qualidade do Ar, alguns fatores auxiliam nos resultados da presença da poluição e de uma boa qualidade do ar, como fatores climáticos, população, tipos de atividades e frota veicular.

“Fortaleza tem condições climáticas favoráveis. A cidade tem ventos muito fortes, principalmente no seu segundo semestre, onde temos uma estabilidade que favorece muito a dispersão dos poluentes que diminuem a qualidade do ar, incluindo o parâmetro PM 2,5”, avalia.

O projeto de política de vigilância da qualidade do ar, executado pela Seuma e Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova), é responsável pela instalação de 30 monitores de baixo custo, que foram desenvolvidos em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC).

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