DEIXA UMA FILHA E UM NETO
Antônio Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento, e ex-deputado federal, faleceu na madrugada desta segunda-feira (12), aos 96 anos, em São Paulo.
Internado desde o dia 5 de agosto no Hospital Albert Einstein. A assessoria de Delfim não informou a causa da morte. Em nota, diz que ele morreu "em decorrências de complicações no seu quadro de saúde".
O ex-ministro deixa uma filha e um neto. Conforme a vontade da família, o velório será reservado aos parentes mais próximos, sem a realização de cerimônia aberta ao público.
BIOGRAFIA
Formado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) entre 1948 e 1951, Delfim Netto se tornou professor emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP).
Delfim foi um dos ministros da Fazenda mais longevos do Brasil, exercendo o cargo de 1967 a 1974.
Além de ter sido ministro do Planejamento de 1979 a 1985, e ministro da Agricultura em 1979, Delfim também atuou como embaixador do Brasil na França entre 1975 e 1977. Após a redemocratização do país, continuou sendo uma figura influente nos cenários econômico e político.
Delfim ficou marcado também por ser um dos signatários do Ato Institucional Nº 5 (AI-5), que fortaleceu o regime militar, dando aval para a perseguição a rivais políticos do governo.
Durante seu mandato como ministro do Planejamento na década de 80, Delfim Netto foi responsável por gerir a economia brasileira em meio à segunda maior crise financeira mundial do século XX, provocada pelo choque dos preços do petróleo e pela alta dos juros nos Estados Unidos.
Após o término do regime militar, Delfim Netto concorreu à Câmara dos Deputados nas eleições de 1986.
(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
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