ESTADOS UNIDOS Ele está de volta... e anuncia crises antes de chegar///SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO, ////09:57 h

 

Trump retorna à Casa Branca com promessas polêmicas e ameaças de anexar países. Analistas temem pela democracia.
Depois de um "recesso" de 1.421 dias, Donald Trump retorna, hoje, à Casa Branca com a disposição de levar adiante suas promessas de campanha mais polêmicas, como a deportação em massa de imigrantes não documentados e a concessão de perdão a todos os condenados pelo ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Pela primeira vez em quatro décadas, a posse presidencial ocorrerá na Rotunda, a cúpula do prédio do Congresso dos Estados Unidos, em meio à onda de frio.

Nos últimos dias, Trump expôs dois lados antagônicos. Causou mal-estar diplomático, ao defender a anexação do Canadá e o controle sobre a Groenlândia e o Canal do Panamá. Mas, também, ganhou capital político após envolver-se, diretamente, nas negociações de um acordo entre Israel e o grupo terrorista Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. O republicano creditou a si mesmo o sucesso nas tratativas para a libertação dos 98 reféns israelenses.

A pedido do Correio, especialistas de quatro renomadas universidades americanas traçaram um prognóstico em relação ao novo governo de Donald Trump. Professor de história e de política social da Universidade de Harvard, Alex Keyssar aposta que, nos primeiros dias de governo, o republicano emitirá uma série de ordens executivas para reverter as políticas encampadas pelo governo do democrata Joe Biden. "Este é um governo de ideólogos de direita que desejamn desmantelar o Estado regulatório e os programas de bem-estar social criados ao longo do século 20", advertiu.
Keyssar espera uma Casa Branca muito mais voltada para atender aos interesses dos muito ricos, como os grandes bancos, as corporações e as big techs — empresas de tecnologia. Tanto que Trump nomeou ninguém menos do que o bilionário Elon Musk, dono da Tesla, da SpaceX e da rede social X, para comandar o Departamento de Eficiência Governamental cuja tarefa será desmontar a máquina burocrática do Estado e reduzir as regulações.

Jeffrey A. Sonnenfeld, professor de prática de liderança na Universidade de Yale, acredita que a democracia dos Estados Unidos prevalecerá. "No entanto, ela sobreviverá em uma condição frágil, com disseminação de fake news (notícias falsas) e superstição, trascendendo fatos sobre a economia americana e o apoio de Trump à insurreição, além da sua insistência em negar a derrota nas eleições de 2022", afirmou.

Related Post

ESTADOS UNIDOS Ele está de volta... e anuncia crises antes de chegar///SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO, ////09:57 h BLOG DO CARLOS DEHON Rating: 5 segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...