Defensoria obtém decisão para que escolas particulares concedam 30% de desconto nas mensalidades, durante a pandemia


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A Defensoria Pública do Estado do Ceará, por meio dos Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas e Núcleo de Defesa do Consumidor, garantiu na Justiça um percentual de 30% de desconto nas mensalidades das escolas particulares que estão vinculadas ao Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará, abrangendo nominalmente outras 46 escolas no polo passivo. 
A decisão é do juiz Magno Gomes de Oliveira, da 10a Vara Cível de Fortaleza e saiu na manhã desta quarta-feira (06), deferindo parcialmente a Ação Civil Pública interposta pela Defensoria Pública do Estado do Ceará, que levou os reclames de vários pais, que chegaram aos seus núcleos a discussão que também vem sendo feita no âmbito da Assembleia Legislativa do Ceará.
As escolas estão obrigadas a dar o imediato desconto de 30% do valor total de cada mensalidade escolar com alcance de alunos matriculados no ensino infantil, pré-escolar, ensino fundamental e ensino médio até o período de vigência do Decreto Estadual n. 33.519/2020, que determinou o isolamento social e, consequentemente, a suspensão de aulas.
A ACP foi elaborada pelas defensoras públicas Mariana Lobo, supervisora do Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas, Rebecca Machado, supervisora do Núcleo de Defesa do Consumidor, e Samia Costa Farias Maia, que atua no Núcleo de Petição Inicial. A ação não alcança escolas de idioma, faculdades e cursos técnicos.
“No início de abril, elaboramos uma recomendação direcionada às escolas particulares e faculdades para que as instituições reduzissem os valores das mensalidades de forma proporcional à diminuição dos custos. Além da Defensoria, várias entidades de Defesa do Consumidor realizaram
diversas tratativas com as instituições de ensino particular buscando um denominador comum, sem obter sucesso, uma vez que alguns estabelecimentos de ensino se mostraram irredutíveis, inviabilizando acordos coletivos, transação ou composição amigável”, revelou Mariana Lobo, supervisora do Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas. Para a defensora pública Rebecca Machado, supervisora do Núcleo de Defesa do Consumidor , “a decisão mostra que o prejuízo econômico trazido pela mudança repentina na forma de ensino deve ser repartido por todos, não podendo ser integralmente suportado pelos alunos, sem que haja também colaboração da instituição de ensino, em atenção ao princípio da solidariedade e dever de cooperação mútua”, destaca a defensora.

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