STF: inquérito das fake news mira aliados de Bolsonaro

A Polícia Federal cumpriu 29 mandados de busca e apreensão, na manhã de ontem quarta-feira (27), referentes à investigação sobre notícias falsas conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que apura ameaças a ministros.
As ordens judiciais estão sendo cumpridas em 14 endereços de São Paulo (11 na capital e 3 em Araraquara, no interior do estado), 3 do Distrito Federal, 6 do Rio de Janeiro, 1 do Mato Grosso, 3 do Paraná e 3 de Santa Catarina.
O inquérito, que corre em sigilo, foi aberto no dia 14 de março de 2019 pelo presidente do STF, Dias Toffoli, com a intenção de investigar a existência de uma rede de produção e propagação de fake news.
Os alvos da operação são os seguintes:
Alvos de mandados de busca e apreensão, com computadores, celulares, tablets e outros dispositivos eletrônicos apreendidos:
• o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan; 
• o blogueiro Allan dos Santos, próximo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido);
• o músico e humorista Rey Biannchi; 
• o youtuber Enzo Leonardo Suzin Momenti; 
• a ativista bolsonarista Sara Winter;
• o empresário Edgard Corona, presidente da rede de academias Smart Fit;
• o comandante Winston Rodrigues Lima, coordenador do Bloco Movimento Brasil;
• o ativista bolsonarista Marcelo Stachin;
• o youtuber Bernardo Kuster;
• o ativista Eduardo Fabris Portella;
• Paulo Bezerra
• Edson Salomão
• Marcos Bellizia
• Otavio Fakhoury
• Rafael Moreno
• Rodrigo Barbosa Ribeiro 
Prestarão depoimento à PF em até dez dias como parte das investigações, mas não tiveram equipamentos apreendidos:
• a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP);
• a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF);
• o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ);
• o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR);
• o deputado federal Cabo Junio do Amaral (PSL-MG);
• o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança;
• o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP);
• o deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP).
Segundo a analista de política Daniela Lima, o ministro Alexandre de Moraes determinou que os conteúdos das postagens feitas por esses deputados sejam 100% preservados para análise, mas não ordenou busca e apreensão para tais casos.
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) se manifestou no Twitter sobre as ações da Polícia Federal. "O que está acontecendo é algo que qualquer um desconfie que seja proposital", disse ele. "Querem incentivar rachaduras diante de inquérito inconstitucional, político e ideológico sobre o pretexto de uma palavra politicamente correta?", questionou.


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