
Sobre as eleições municipais desse ano, Luís Roberto Barroso chamou a atenção para "milícias digitais" que disseminam fake news (notícias falsas) com a intenção de desinformar eleitores e difamar oponentes políticos.
"São terroristas virtuais que utilizam como tática a violência moral, em lugar de participarem do debate de ideias de maneira limpa e construtiva", disse Barroso.
O ministro afirmou que o Judiciário estará atento às fake news nas eleições, mas defendeu que os principais meios para inibir a prática sejam a colaboração das empresas de tecnologia, o jornalismo profissional e a própria conscientização da sociedade.
"A Justiça Eleitoral deve enfrentar esses desvios, mas é preciso reconhecer que sua atuação é limitada por fatores diversos", disse Barroso.
"As plataformas digitais - como Google, Facebook, Instagram, Twitter e Whatsapp - podem se valer da própria tecnologia e de suas políticas de uso para neutralizar a atuação de robôs e comportamentos inusuais", afirmou o ministro.
"E, mais que nunca, nós precisaremos de Imprensa profissional, que se move pelos princípios éticos do jornalismo responsável, capaz de separar fato de opinião, e de filtrar a enorme quantidade de resíduos que circula pelas redes sociais", defendeu Barroso.
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
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