MUITO QUENTE MESMO!
O ano de 2024 será o mais quente já registrado, ultrapassando, pela primeira vez, o limiar de 1,5°C de aquecimento em relação ao período pré-industrial. O alerta foi feito nesta segunda-feira, 9, pelo observatório europeu Copernicus.
Após o segundo novembro mais quente da história, o Copernicus confirmou que "há certeza de que 2024 será o ano mais quente (até agora)", superando o limite do Acordo de Paris, essencial para evitar impactos catastróficos.
Novembro de 2024 foi 1,62°C mais quente que o normal e marcado por tufões na Ásia, secas na África Austral e na Amazônia. Segundo a ONU, com as atuais políticas, o planeta caminha para um aquecimento "catastrófico" de até 3,1°C neste século.
Países em desenvolvimento enfrentam dificuldades para financiar adaptações climáticas. Apesar das promessas de US$ 300 bilhões anuais em ajuda até 2035, o valor cobre menos da metade das necessidades estimadas.
Desastres climáticos em 2024 já geraram prejuízos de US$ 310 bilhões, segundo a Swiss Re. Fenômenos como o El Niño e a redução de nuvens e gelo têm amplificado os impactos, enquanto a camada de gelo da Antártida segue em níveis historicamente baixos.
O climatologista Robert Vautard aponta que anos após o El Niño tendem a ser ainda mais quentes, mas o ritmo lento de resfriamento em 2024 levanta dúvidas que precisam ser analisadas.
Especialistas alertam: as decisões de hoje determinarão a sobrevivência das próximas gerações. Até fevereiro de 2025, países devem revisar metas climáticas, mas é preciso maior ambição para evitar danos ainda mais graves.
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