"Pode-se dizer que há um mês e meio, quando William Bonner chamou Michel Temer de 'ex-presidente' no Jornal Nacional, estávamos assistindo ao início do golpe dentro do golpe," escreve Paulo Moreira Leite, articulista do 247; "Neste processo, onde a Globo é a face visível, uma parcela das forças que derrubaram Dilma se organizaram para afastar Temer e garantir a continuidade sem riscos nem atropelos do programa de reformas impopulares e do Estado mínimo, contestadas com vigor cada vez maior pela luta dos trabalhadores e do movimento popular"; PML lembra que este processo "obviamente exclui a realização de eleições diretas para a escolha do novo presidente. Como se o Brasil tivesse sido transformado numa monarquia absolutista, o nome do sucessor deve ser produto de negociações secretas e acertos em círculos exclusivos. Ao povo, cabe o papel de aplaudir, se for capaz, ou ficar em silêncio, se não tiver jeito"
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