O que sobrou da xepa, as vice-presidências que ninguém quer e as brilhantes ideias de Marun


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24 DE JULHO, TERÇA-FEIRA
Na semana passada, o Centrão – bloco formado por PP, DEM, PR, PRB e SD – dominou a atenção nas negociações das coligações e alianças para as eleições deste ano. Geraldo Alckmin (PSDB) parece ter consolidado o apoio da agremiação, o que lhe garantiria cerca de 40% do tempo de televisão e, a princípio, mais palanques nos estados.
Além do PSDB, os dois grandes partidos com uma parcela expressiva desse tempo são o PT e o MDB. Nesse cenário, o que sobrou da xepa para os outros candidatos? Kelli Kadanus responde.
Tá difícil
Não é só Bolsonaro (PSL). Na terra em que, desde a redemocratização, de cinco presidentes eleitos, três deram lugar ao vice, está difícil achar quem queira o cargo. Na primeira conversa do empresário Josué Alencar (PR-MG) com Geraldo Alckmin depois da aparente adesão do Centrão, o filho do ex-vice-presidente José Alencar mostrou-se reticente em compor a chapa. Na noite de ontem (23), no programa Roda Viva, da TV Cultura, Alckmin disse que “nem sabe” quem será o vice.
A volta dos que não foram
Lembra do imposto sindical? Pode ser que ele volte. Uma proposta para reintroduzir a “contribuição compulsória” era um ponto de atrito entre Alckmin e o SD, liderado pelo Paulinho do Força. Eles chegaram a um acordo e sua versão final deverá ser divulgada formalmente pelo Centrão ainda esta semana.
Levanta e anda
A divisão da esquerda e o medo de não voltar ao poder tão cedo estão fazendo até com que o PSB tente ressuscitar o nome de Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF, como candidato
Vazou
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, propôs um pacote de medidas para a candidatura de Henrique Meirelles (MDB). Só não sabia que seria lido por todo o país, pois o conteúdo vazou. Entre as propostas, anistia ao caixa 2, uma Lei do Abuso de Autoridade, a criação de uma Corte Constitucional acima do STF e um Conselho Superior para as Polícias.
Me inclua fora dessa
E Meirelles esteve ontem no estúdio da Gazeta do Povo, onde deu uma entrevista a Fernanda Trisotto e Fernando Martins. Além de afirmar que é “zero” a possibilidade não ser candidato pelo MDB, ele negou que as propostas de Marun representem seu plano de governo
Torneira
O BNDES reservou pelo menos R$ 50 milhões para investir em startups e fomentar o ecossistema de inovação. O banco, por meio do BNDESPar, já estruturou mais de 60 fundos que aportaram em mais de 300 empresas.
Pobreza
Já sobre os programas direcionados à população mais pobre, como o Bolsa Família, o editorial de hoje da Gazeta do Povo reconhece seu valor, mas alerta:
Nenhum programa que se eternize no tempo e mantenha os beneficiários dependentes de ajuda governamental durante toda a sua vida é capaz de tirar a nação da pobreza. A independência do ser humano vem com seu crescimento pessoal, melhoria de seu nível educacional e desenvolvimento de sua capacidade profissional, fatores esses que permitem sua autonomia financeira e resgate do orgulho pessoal.
Qual é o caminho
Parte importante dos desafios para a democracia brasileira se resolve com mais educação cívica política. Beatriz Pozzobon visita algumas escolas nas quais alunos que desejam se candidatar se filiam a um partido político, elaboram propostas, participam de debates e fazem até santinhos para serem distribuídos na escola.
Estilo de vida
Mudanças no mercado do chocolate? E o preconceito que existe até no consultório médico. Confira as indicações dos nossos editores:
Terra do cacau. Andrea Torrente (Bom Gourmet) escreve: “É o fim do chocolate ao leite? Mercado aposta em versões amargas e saborizadas. Isso é o que revela a 10ª edição do Festival Internacional do Chocolate e Cacau, na Bahia, que o Bom Gourmet acompanhou de perto. Conheça todas as tendências do chocolate em 2018.”
Vergonha. Isadora Rupp (Viver Bem) escreve: “‘Vocês deveriam estar no circo’ é apenas uma das frases preconceituosas que duas irmãs curitibanas com a Síndrome de Ehlers-Danlos, conhecida como a ‘síndrome da mulher elástica’ estão cansadas de ouvir dos médicos. Luana e Julia, de 15 e 16 anos, respectivamente, têm um cotidiano complicado: muitas dores no corpo, alergias, perda de cabelo e problemas intestinais. Mesmo assim, os especialistas não levam a doença a sério”. 
Volta ao mundo em 1 minuto
Trump fala grosso no Twitter com o Irã, mas as negociações com a Coreia do Norte não andam. Vandré Kramer (Mundo) escreve:
“Disparos. A metralhadora giratória de Trump, ou seja, sua conta no Twitter, voltou a disparar. Desta vez, o alvo foi o Irã. Em letras maiúsculas, mandou um alerta a Hassan Rouhani, presidente do país asiático, dizendo que, se voltasse a ameaçar os EUA, as consequências seriam graves
Dificuldades. Enquanto Trump ‘ataca’ o Irã, os EUA enfrentam dificuldades para negociar o acordo de desnuclearização da Coreia do Norte. Os americanos não estão conseguindo quebrar a resistência dos asiáticos. E Trump achava que uma das crises geopolíticas mais difíceis do mundo estava ‘em grande parte resolvida.’ Imagine se não estivesse
Gazeta do Povo







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