A eliminação do Palmeiras para o Chelsea na Copa do Mundo de Clubes, na última sexta-feira, deixa um sentimento semelhante ao da derrota para os mesmos ingleses no Mundial de 2022: era possível um resultado melhor.
Na derrota por 2 a 1, no Lincoln Financial Field, o Verdão mostrou poder de reação para sair das cordas após um péssimo início, em que entrou na roda. Mas o gol contra já no fim do jogo encerrou o sonho palmeirense nos Estados Unidos.
Os minutos iniciais assustaram a torcida alviverde que fazia barulho na Filadélfia. Micael e Vanderlan, titulares diante das ausências de Gustavo Gómez e Piquerez, tiveram um começo muito complicado, vendo especialmente Palmer se associar com Gusto e Pedro Neto.
O Chelsea parecia estar numa roda de aquecimento. Trocava passes de primeira para abrir clarões na defesa palmeirense.
No lance do primeiro gol, quando Emiliano Martínez foi avançar para pressionar, Palmer entrou nas costas do meio-campo, passou por Micael e aproveitou o espaço aberto por Delap para colocar os ingleses em vantagem. Estava fácil.
A estratégia do Palmeiras não teve efeito. O time deixava os ingleses trocarem passes até o seu campo, marcava sem intensidade como no primeiro tempo contra o Inter Miami e incomodava pouco.
Nas poucas oportunidades de atacar, o Verdão acelerava de qualquer forma, dependendo quase que exclusivamente de arrancadas de Vitor Roque, isolado como uma ilha, sem opções.
Depois de 30 minutos em que assistiu ao Chelsea dar as cartas no jogo, o time de Abel Ferreira ao menos passou a correr menos riscos e levou para o intervalo só o 1 a 0. Era lucro.
O treinador português não mudou o time para o intervalo, mas mudou a estratégia. Adiantou a marcação e passou a trazer mais dificuldades para a equipe inglesa. Estêvão, reforço do adversário, achou um golaço que recolocou o Palmeiras de vez no jogo.
Allan passou a ser uma válvula de escape na ala direita se associando com Estêvão, Emiliano Martínez encaixou a marcação, e o time começou a ter mais volume.
Mauricio e Paulinho entraram para dar mais qualidade. Ao mesmo tempo em que criava mais chances, o Palmeiras passou a correr mais riscos, também.
No momento em que encontrava mais formas de incomodar o Chelsea, veio o castigo: o gol contra aos 37 minutos do segundo tempo.
No Mundial de 2022, o time teve menos chances, mas ainda assim levou até a prorrogação o duelo com os ingleses. O pênalti que sacramentou aquela derrota deixou um gosto amargo na boca dos palmeirenses.
E o filme se repetiu. Um lance despretensioso mais uma vez selou o destino alviverde contra o Chelsea. Desta vez, o time teve até mais chances, como no chute cruzado de Paulinho que passou muito perto da trave.
Fim do sonho nos Estados Unidos. O Palmeiras encerra sua campanha na Copa do Mundo de Clubes com um desempenho irregular, mas com a frustração de que poderia ter ido mais longe. De novo.
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