Advogado e irmã servidora de fórum no Ceará são condenados à prisão por ligação com a facção PCC



Um advogado, uma servidora pública de um fórum no Interior do Ceará e outros oito acusados de ligação com a facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) foram condenados à prisão pela Justiça Estadual, no último dia 23 de outubro. A servidora também foi sentenciada à perda do cargo público, mas pode recorrer. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) da última quarta-feira (30).

Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), o advogado Wangleyson de Oliveira Brito e a sua irmã, a servidora pública do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) Helena Oliveira Loiola, se utilizavam da função pública da acusada no Fórum de Independência para favorecer a organização criminosa em processos criminais. Helena passaria informações privilegiadas e agilizaria a movimentação dos processos, a pedido do irmão.

A Vara de Delitos de Organizações Criminosas concluiu, sobre a participação da servidora pública na organização criminosa, que "o que se vê nos autos, é que a ré, servidora do Fórum da Comarca de Independência, utilizava-se de seu aparelho celular de uso pessoal para repassar informações processuais veladamente, extrapolando os limites da profissão e assim, incidindo criminalmente por embaraçamento de investigação que envolvia organização criminosa".

"Com relação ao réu Wangleyson de Oliveira Brito, foram interceptados diálogos em que o acusado, na condição de advogado, ultrapassou os limites da prestação de trabalhos de orientação e assessoramento jurídico atuou na obstrução da investigação feita pela polícia civil para o desbaratamento da organização criminosa", acrescentou a Justiça.

A Polícia Civil do Ceará (PCCE) chegou à organização criminosa a partir de uma investigação contra Gracias Rodrigues de Morais, conhecido como 'Irmão Cipriano', que seria o líder da facção PCC em Independência (e que responde a outro processo). Uma das pessoas condenadas à prisão foi a sua companheira, Maria Edilene Alves Feitosa. Os investigadores encontraram conversas que revelaram negociações de drogas e de armas de fogo.

(*) DN

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