09 DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA
Em uma entrevista concedida à mídia francesa, depois da retomada total da cidade de Aleppo pelas forças de Damasco, o presidente sírio, Bashar al-Assad, falou sobre o conflito que massacra o povo há mais de cinco anos. O “banho de sangue” na Síria é “dolorido”, mas “é o preço que se paga”, afirmou à Rádio França Internacional.
“Claro que é dolorido para nós, sírios, vermos uma parte de nosso país destruído e ver um banho de sangue. (…) Todas as guerras provocam destruição, todas as guerras provocam mortos. (…) Você não pode dizer que uma guerra é boa. Nunca ouvi falar, na história, de uma boa guerra. Mesmo que ela aconteça por boas razões, para defender seu país, não é a solução”, explicou o presidente sírio às rádios France Info e RTL e ao canal de televisão LCP.
Bashar al-Assad admitiu que a decisão de combater os rebeldes resultou na morte de mais de 310 mil pessoas em pouco mais de cinco anos. “A questão que se deve fazer é: como você pode libertar os civis dos terroristas nessas áreas [bairros rebeldes]?”, perguntou a um repórter. “O que é melhor: abandoná-los nas mãos de terroristas que os decapitam, que os assassinam? O papel do Estado é ficar de braços cruzados?”, questionou.
Para Assad, a reconquista de Aleppo foi “um momento crítico no conflito sírio”, mas o regime está “a caminho de uma vitória”. Entretanto, a verdadeira façanha será, segundo o presidente sírio, “quando teremos eliminado todos os terroristas”.
(Agência Brasil)
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