A primeira medida como novo prefeito de Granjeiro tomada por Ticiano Tomé (PSD) foi ir até o hospital municipal e despachar as demandas que travavam parte dos serviços com motoristas, por exemplo. O atual prefeito tomou posse às 16 horas desta sexta (27) na Câmara Municipal, assumindo o cargo de João Gregório Neto, morto no último dia 24 em um crime ainda não elucidado.
Em entrevista ao Miséria, Ticiano Tomé diz estar tranquilo sobre as indicações - não oficiais - de que seu grupo político estaria por trás da ação que vitimou João Gregório. Apesar de terem sido eleitos na mesma chapa, os dois estavam rompidos. O pai de Ticiano, Vicente Tomé, fez diversas denúncias de um suposto esquema de corrupção na gestão anterior.
"Estou de consciência tranquila, foram muitos adversários na política mas nada nunca passou da normalidade", disse ao telefone.
Ticiano montará, até a próxima segunda-feira (30) uma nova equipe de secretários. Ao menos cinco deles pediram exoneração até esta sexta. De acordo com o prefeito ainda não foram feitos os convites, mas uma reunião com a equipe jurídica deverá definir nomes e avaliar pendências na questão.
Questionado, Tomé disse ainda que no momento não pensa em tentar reeleição, mas não descartou a possibilidade. Sobre não ter comparecido ao sepultamento do ex-prefeito, alegou que estava em Fortaleza passando o Natal com a família.
Ticiano inicia o mandato com baixa na Câmara. Em entrevista ao Miséria, o presidente da Casa Luiz Almir Soares (PMN), disse que fará oposição ao governo junto com mais cinco vereadores. De acordo com ele, apenas três parlamentares estariam na base do prefeito.
Para Ticiano, "é importante poder contar com a ajuda de parlamentares da oposição e da situação".
A cerimônia de posse contou com quase todos os vereadores. A ausência foi apenas de João Dias (PSD). O presidente considerou que o clima na Casa era ainda de tristeza. "A posse durou apenas 15 minutos", informou.
Por Felipe Azevedo
Miséria.com.br
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