Grupo condenado pela Justiça possuía ligação com advogado e servidora do TJCE



Um grupo formado por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi condenado por meio da Vara de Delitos e Organizações Criminosas por atos relacionados a tráfico de drogas. As investigações do ano de 2020 mostraram o envolvimento de advogados e de uma servidora do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), que era lotada no fórum do município de Independência.

As investigações identificaram que a organização criminosa realizava um rodízio dos pontos de tráfico, determinando os dias da semana de cada boca de fumo. As informações estão na sentença judicial obtida pelo O POVO. Os principais traficantes e apontados como chefes da organização criminosa na região seriam Gracias Rodrigues de Morais e a companheira dele, Maria Edilene Alves Feitosa.

Outras pessoas atuavam no grupo com funções específicas: o advogado Wangleyson de Oliveira Brito e a irmã dele, Helena Oliveira Loiola, servidora do TJCE. De acordo com a sentença, ambos prestavam apoio jurídico à organização criminosa e, no caso de Helena, a servidora avisava sobre movimentações na Justiça, incluindo expedição de mandados de prisão que fossem relacionados à facção.

Foram condenados Gracias Rodrigues de Morais, Maria Edilene Alves Feitosa, Helena Oliveira Loiola, Wangleyson de Oliveira Brito, Maria Erilane Rodrigues, Antônio Ernandes da Silva, Elyton Carlos Nogueira de Sousa, Grazielle Sales Viana, Venesclau Pereira da Silva, Francisca Jaiciane dos Santos, Antônio Jean de Sousa e Ricardo Pereira do Nascimento.

A Justiça decidiu ainda que, após o processo transitar em julgado, a servidora Helena Oliveira perderia o cargo e também seria impedida de exercer função pública.
Investigações detalham atuação do PCC no tráfico de drogas no Ceará

Conforme a sentença, o inquérito policial foi instaurado para investigar a organização criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), com forte atuação no município de Independência. A autoridade policial recebeu informações de que Gracias e a companheira Maria Edilene seriam responsáveis por chefiar o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na cidade.

(*) O Povo

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