As maiores economias globais estiveram junto ao Brasil no primeiro dia da Cúpula de Líderes do G20 na cidade do Rio de Janeiro. Ao todo, 19 chefes de Estado e de Governo debatem três eixos da presidência brasileira no G20: combate à fome, à pobreza e à desigualdade; desenvolvimento sustentável, o enfrentamento às mudanças climáticas e a transição energética e, por fim, a reforma da governança global para resolver conflitos. No encontro, os líderes de Estado e de Governo do G20 aprovaram uma proposta de tributação que inclui uma menção direta à taxação efetiva a considerados super-ricos. O texto está presente na carta final da cúpula, divulgada na tarde de ontem (18), primeiro dia do encontro anual.
O texto da carta final também destaca o imposto como umas das principais ferramentas para combater as desigualdades internas dos países, e também uma forma de fortalecer a sustentabilidade fiscal e garantir a consolidação orçamentária, promovendo um crescimento sustentável, equilibrado e inclusivo das economias, para o desenvolvimento das ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável).
Conforme estimativas do Ministério da Fazenda, uma taxação de 2% sobre o patrimônio de indivíduos super-ricos poderia gerar US$ 250 bilhões por ano para serem investidos no combate à desigualdade e ao financiamento da transição ecológica. Super-ricos somam cerca de 3 mil pessoas que, juntas, detêm patrimônio de cerca de US$ 15 trilhões, maior que o Produto Interno Bruto (PIB) da maioria dos países. O texto do G20 ainda não propõe uma alíquota específica.
Nenhum comentário: