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Mourão diz que Dom Phillips, jornalista britânico assassinado na Amazônia, "entrou de gaiato nessa história"

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247 - O vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), disse que a morte do jornalista britânico Dom Phillips, assassinado juntamente com o indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira na região do Vale do Javari, na Amazônia, foi “efeito colateral” e que ele “entrou de gaiato nessa história". Ainda segundo Mourão, caso haja um mandante do duplo homicídio, este deve ser um "comerciante da área que estava se sentindo prejudicado" pelas ações do indigenista. Apesar da declaração do vice-presidente, a Polícia Federal (PF) diz que os suspeitos agiram sozinhos, “sem mandante ou organização criminosa”.

“Não sei se há um mandante. Se há um mandante, é comerciante da área que estava se sentindo prejudicado pela ação principalmente do Bruno, e não do Dom, o Dom entrou de gaiato nessa história. Foi efeito colateral”, disse Mourão nesta segunda-feira (20), de acordo com o jornal O Globo. Na última sexta-feira (17), a PF afirmou, em nota, que os suspeitos do crime agiram sozinhos, sem 'mandante nem organização criminosa por trás do delito'. A corporação, porém, ressaltou que mais prisões podem ocorrer em função dos indícios da participação de mais pessoas no crime. Até o momento, três pessoas foram presas.

“Essas pessoas aí que assassinaram, provavelmente, os dois são ribeirinhos, gente que vive também ali no limite de, vamos dizer, ter acesso à melhores condições de vida. Vivem da pesca. [...] Essa é a vida do cara. Mora numa comunidade que não tem luz elétrica 24h por dia, é gerador. Quando tem combustível, o gerador funciona, quando não tem, não funciona. Então é uma vida dura”, disse Mourão.

A declaração faz referência à prisão de Jeferson da Silva Lima e dos irmãos Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado" – que confessou o crime nesta quarta (15) –, e Oseney da Costa de Oliveira. Amarildo e Oseney já haviam tido suas embarcações paradas por Bruno em diversas ocasiões pela prática de pesca ilegal em terras indígenas demarcadas.

Mourão também disse que o crime deve ter sido “fruto da bebida”. “Isso é um crime, foi o que aconteceu num momento, vamos dizer assim, quase que uma emboscada. Um assunto que vinha se arrastando, vamos dizer. Na minha avaliação deve ter acontecido no domingo, domingo a turma bebe, se embriaga, mesma coisa que acontece aqui na periferia das grandes cidades. Aqui em Brasília a gente sabe, todo final de semana tem gente que é morta aí a facada, tiro, das maneiras mais covardes, normalmente fruto de que? Da bebida. Então a mesma coisa deve ter acontecido lá”, disse.

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www.carlosdehon.com

Assassino narra os detalhes da perseguição que resultou na morte de indigenista e de jornalista britânico na Amazônia

 20/06/2022 <> SEGUNDA-FEIRA



247 - O pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado, que confessou ter participado dos assassinatos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips na região do Vale do Javari, na Amazônia, revelou os detalhes do crime que chocou o mundo e expôs o desmonte da política ambiental do governo Jair Bolsonaro.

De acordo com uma reportagem do programa Domingo Espetacular, exibido pela TV Record e que teve acesso ao vídeo da reconstituição do crime, Amarildo relatou que a perseguição à lancha na qual Bruno e Dom estavam durou cerca de 5 minutos. Jeferson da Silva Lima, vulgo “Pelado da Dinha”, teria disparado contra Bruno. Ele teria revidado aos disparos.

O indigenista, porém, foi ferido na troca de tiros e acabou perdendo o controle da embarcação, que entrou na mata. Em seguida, Pelado e Jeferson teriam ido até a lancha e executado os dois.

Após o crime, os suspeitos teriam retirado os pertences pessoais das vítimas da embarcação e a afundaram. Ainda conforme o depoimento, os assassinos retornaram ao barco em que estavam e navegaram por cerca de duas horas levando os corpos das vítimas. Quando pararam, andaram cerca de 15 minutos no meio da floresta até chegarem ao local onde queimaram os corpos.

No dia seguinte, porém, e Amarildo retornaram ao local, esquartejaram os corpos e os enterraram em um buracpo que escavaram nas imediações. De acordo com o Metrópoles, “o exame médico-legal, realizado pelos peritos da PF, indica que a morte de Dom Phillips foi causada por traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça. Foram identificados “múltiplos balins” (múltiplos projéteis de arma de fogo), ocasionando lesões na região abdominal e torácica. Ele foi atingido com um tiro.

Já a morte de Bruno Pereira foi causada, segundo os peritos, por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição utilizada para caça, “que ocasionaram lesões no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro).”

Além de Jeferson da Silva Lima, os irmãos Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado" – que confessou o crime nesta quarta (15) –, e Oseney da Costa de Oliveira também estão presos. A polícia, porém, trabalha com a hipótese que mais cinco pessoas tenham participado do duplo homicídio.

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