A vida conectada está prestes a ir muito além do roteador na sala de casa, do celular no bolso ou da smart TV na parede. O 5G, como é chamada a quinta geração da internet móvel, chega ao Brasil nos próximos anos e já está na fase de testes em países como EUA, Austrália e Coreia do Sul.
Os laboratórios de universidades e os centros de pesquisa das principais empresas de tecnologia projetam um mundo onde tudo o que está ao redor das pessoas trocará informações por uma conexão de alta velocidade.
“A principal revolução da internet 5G é conectar tudo o que nós não imaginávamos há alguns anos atrás. Depois dos seres humanos ficarem superconectados, agora é a vez do vestuário, do carro, das residências e até de fazendas ou de animais silvestres”, afirma o professor livre-docente do departamento de engenharia de sistemas eletrônicos da Poli-USP e membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), Marcelo Zuffo.
Segundo Zuffo, a tecnologia 5G tem dois grandes requisitos: a possibilidade de poder conectar trilhões de dispositivos da forma mais rápida possível e permitir a coleta e a transmissão de um volume de informação muito superior à conexão atual.
Enquanto a internet 4G oferece uma velocidade de 100 Mb/s, o 5G promete pelo menos 1Gb/s, ou seja, velocidade 10 vezes mais rápida. Essa conexão é suficiente para fazer o download de filmes e séries em 4K, a maior definição disponível no mercado hoje, em apenas alguns segundos.
A velocidade é um ponto de destaque, mas o que vai mudar a vida de todos nos próximos anos é um tempo de resposta muito curto. Isso significa que o intervalo entre um comando e ação de qualquer dispositivo vai ser algo muito próximo da vida fora da internet. Essa é a promessa. O tempo de latência, o nome dado a esse atraso, é de 30 milissegundos hoje e devem cair para menos de 5 milissegundos.