Austrália: crise dos submarinos revela tensão crescente com China

 19/09/2021 > DOMINGO

Governo australiano, que apoia Taiwan, teme que projeto da 'Nova Rota da Seda' aumente influência chinesa no país.
TENSÃO NA ROTA DA SEDA


A decisão anunciada pelo governo australiano na última terça-feira (14), de abandonar seu seu acordo, selado em 2016, com o Grupo Naval da França para construir uma frota de submarinos convencionais trouxe visibilidade, para o Ocidente, a uma tensão entre China e Austrália, que tem crescido nos últimos anos.

O governo australiano anunciou um novo pacto, com Estados Unidos e Reino Unido, para transferência de tecnologia para a construção de oito submarinos com propulsão nuclear, considerados mais potentes e modernos.

Segundo especialistas, os submarinos, mais precisos e silenciosos, têm condições de patrulhar áreas do Mar da China Meridional com menor risco de detecção.

A decisão enfureceu o governo francês, mas, em termos estratégicos. O presidente Emmanuel Macron, buscando não enfraquecer o poderio francês, convocou os embaixadores dos Estados Unidos e da Austrália, para esclarecimento, mesmo sendo os dois países aliados da França.

O governo francês, no entanto, não tem muito mais o que fazer, além desta tentativa de se impor diplomaticamente, justamente porque, neste imbróglio, tem seus interesses totalmente vinculados aos dos Estados Unidos e Otan, diante do que é visto como uma ameaça chinesa.

Uma ameaça que tem incomodado o governo australiano, justamente porque o país, na Oceania e aliado dos Estados Unidos, se situa em uma região na qual a China está ampliando sua influência, dentro do projeto "Nova rota da seda", anunciado em 2013 pelo presidente chinês, Xi Jinping e incorporado à Constituição chinesa em 2017.

(*) R7

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