20/09/2021 > SEGUNDA-FEIRA
Será o primeiro chefe de Estado a discursar em mais Assembleia da ONU, não por mérito, mas por direito adquirido pelo Brasil.
A fraude eleita presidente da República em 2018 fez até aqui tudo ao contrário do que prometeu – lutar contra a corrupção, reformar o Estado, criar empregos, governar sem o Centrão, construir uma “sociedade sem discriminação ou divisão” (sim, está no seu discurso de posse) e “proteger a democracia”.
Combater a corrupção virou para ele uma batalha renhida para livrar-se, e também à sua família, do destino trágico da prisão, uma vez que fique sem mandato a partir de janeiro de 2023. Rendeu-se ao Centrão para evitar o impeachment. Se não foi no dia 7 de setembro, será em outro dia que tentará dar um golpe.
Foi com tal pedigree que Bolsonaro desembarcou em Nova Iorque para falar ao mundo amanhã em nome do Brasil na abertura de mais uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Estava sem máscara, onde ela é obrigatória. Não se vacinou. Entrou pelos fundos do hotel para não ser hostilizado.
No seu quarto, poderia ter encomendado o que quisesse para comer, mas não. Preferiu comer pizza na calçada de uma rua próxima, de modo a ser fotografado e faturar junto aos que o veem como um homem simples e popular. Simples não é, simplório taokey. Só se preocupa em enganar os que ainda acreditam nele.
(*) RICARDO NOBLAT
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