Apesar da desaceleração em relação a julho, índice de preços se aproxima dos 10% no acumulado dos últimos 12 meses, diz IBGE.
A inflação oficial de preços no Brasil saltou 0,87% no mês de agosto. A alta é a maior para o mês desde 2000, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (9), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) representa uma desaceleração em relação à variação de 0,96% nos preços no mês de julho.
Com a nova variação positiva, o índice oficial de preços agora acumula uma alta de 9,68% nos 12 meses encerrados em agosto, patamar mais de 4 pontos percentuais superior ao teto da meta estabelecida pelo governo para o IPCA deste ano, de 5,25%. Nos oito primeiros meses do ano, a variação do índice é de 5,67%.
A inflação do mês foi novamente influenciada pelo preço dos combustíveis, com destaque para o etanol (+4,5%), gasolina (+2,8%), gás veicular (2,06%) e óleo diesel (1,79%). Os avanços fizeram dos transportes o grupo com a maior alta de preços do período, de 1,46%.
André Filipe Guedes Almeida, analista responsável pela pesquisa, explica que o preço da gasolina segue influenciado pelos reajustes aplicados nas refinarias de acordo com a política de preços da Petrobras.
“O dólar, os preços no mercado internacional e o encarecimento dos biocombustíveis são fatores que influenciam os custos, o que acaba sendo repassado ao consumidor final”, ressalta ele. No ano, a gasolina acumula alta de 31,09%, o etanol de 40,75% e o diesel de 28,02%.
Ainda no campo dos transportes, o preço dos veículos usados (+1,98%), novos (+1,79%) e as motocicletas (+1,01%) permaneceram em elevação. Nos transportes públicos (-1,21%), as passagens aéreas caíram 10,69%. Já os preços do transporte por aplicativo subiram 3,06%.
(*) R7
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