Quatro ataques a bancos foram registrados em 2021 no Ceará; redução ocorre desde 2017

Diminuição no número de crimes contra instituições financeiras vem sendo observada há quatro anos.

Quatro ataques a bancos foram registrados no Ceará em 2021 até o mês de julho. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), houve redução de 42,8% nas ocorrências contra instituições financeiras em comparação com o mesmo período de 2020, quando sete roubos foram computados. Redução teria algumas justificativas, além da ação policial, como menos circulação de dinheiro e aumento dos crimes cibernéticos.
A diminuição desse tipo de crime vem sendo percebida desde 2017, quando foram registrados 56 casos durante o ano todo - seis casos a menos que em 2016. Em 2018, o número de ocorrências continuou diminuindo, com 41 registros. E com quatro meses sem nenhum ataque a bancos, 2019 teve a maior queda da série histórica observada, com 14 casos.

Em um dos casos de 2021, no dia 28 de maio, um grupo de criminosos colocou explosivos em uma agência bancária no município de Amontada. Eles chegaram a trocar tiros com policiais militares, mas ninguém ficou ferido. De acordo com informações da Polícia, apesar de explodir o local, o grupo não conseguiu levar nenhuma quantia em dinheiro, mas conseguiu fugir.

Em Piquet Carneiro, no dia 6 de julho, um grupo armado abordou um carro forte na rodovia, retirou funcionários e tentou explodir o cofre. No entanto, não tiveram êxito na ação. A tentativa de roubo é investigada pelas delegacias de Roubos e Furtos (DRF) e Regional de Senador Pompeu.
"Asfixia econômica" dos grupos criminosos

Para a SSPDS, a “redução é fruto dos trabalhos contínuos das Forças de Segurança, desempenhados por meio de investigações e policiamento ostensivo por equipes da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) e da Polícia Militar do Ceará (PMCE)”.

Por meio de nota, a pasta afirma ainda que a desarticulação de grupos criminosos que atuam nesse tipo de ocorrência e a prisão de chefes desses esquemas nos últimos anos também foram fundamentais para a redução das ocorrências. A prática é coibida por meio da “asfixia econômica” dos grupos, segundo a secretaria.

Rommel Kerth, titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), disse, em entrevista ao O POVO em agosto de 2021, que não existem mais organizações criminosas com foco em ataques a instituições financeiras no Estado. Para ele, as ações das forças de segurança afastaram também criminosos de outros estados.

Além disso, para driblar o contingente menor de agentes de segurança nos municípios do Interior, a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da SSPDS montou bases fixas em Quixadá, Juazeiro do Norte e Sobral. O objetivo é diminuir o tempo de resposta da Polícia em casos de crimes como esse.
(*) Jornal O Povo

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