As lágrimas de Renato Gaúcho. Técnico chora ao final da Libertadores. Sabe que não ficará no Flamengo

Renato Gaúcho chorou ao agradecer seus jogadores, depois da derrota para o Palmeiras

REPRODUÇÃO/TWITTER



















A perda da decisão do principal torneio da América do Sul, e obsessão da diretoria, se junta à queda na semifinal da Copa do Brasil, diante do Athletico Paranaense. E ainda da perda do Brasileiro.

Rogério Ceni, que venceu o Carioca, a Supercopa do Brasil e o Brasileiro, foi demitido sem piedade. A tendência é que o Gaúcho não continue. E ele sabe disso.

"Meu contrato termina no próximo dia 30 e agora a decisão é da diretoria, do presidente", disse na coletiva, após a derrota na final da Libertadores para o Palmeiras.

Na entrevista, ele fez questão de manter seu estilo irônico.

Mas não sabia que seu choro no vestiário já era de domínio público.

Renato Gaúcho não aceitou que taticamente Abel Ferreira conseguiu superá-lo. E por isso, o Palmeiras conquistou a Libertadores.

"Infelizmente no Brasil só é bom quem ganha. Se hoje o Flamengo tivesse ganhado iam perguntar se eu iria renovar para o ano que vem. Como não ganhou, em 120 minutos, o técnico já não é bom. Eu já estou vacinado.

"Em 2008, quando fui vice-campeão com Fluminense, todo mundo achou que não íamos passar da primeira fase, depois era todo mundo muito bom, e no dia seguinte ninguém prestava.

"Quem não ganha, no dia seguinte não é bom. Mas ainda tenho esperança que algum dia melhore."

Renato Gaúcho ainda tentou menosprezar o que o Palmeiras fez em campo.

"No futebol é muito mais fácil destruir que construir. Palmeiras joga fechado, linha de cinco atrás, mudou esquema para nos enfrentar. Teve contra-ataque sempre rápido. Tomamos gol no início. Jogamos o tempo todo no campo deles, criamos, mas final é final.

"O Palmeiras se fechou, não deu espaço, e o que mais queriam era achar o gol. Isso deu confiança a eles. Mesmo assim gostei da minha equipe, ela jogou bem. Repito, no futebol destruir é fácil, construir que é difícil."

Ele fez, ao menos, questão de isentar Andreas Pereira pela perda do título. Foi o volante quem deixou a bola escapar para Deyverson marcar o gol da vitória palmeirense.

"O torcedor pode ficar tranquilo que fizemos o possível. São detalhes. Não vamos culpar o Andreas. Eu falei pra ele que só erra quem tá lá dentro. Se tem um culpado aqui sou eu."

Ainda teve de responder sobre sua afirmação que 'ganharia tudo' se tivesse um elenco de R$ 200 milhões, como o do Flamengo, quanto dirigia o Grêmio.

"Na época o Flamengo disputava as duas competições (Brasileiro e Libertadores) e não tinha ninguém no departamento médico. Em três, quatro meses, o Flamengo disputou três competições, era final a cada três dias. Vai ver quantos minutos, acredito que poucos, que a equipe principal jogou junta. Oito minutos? Está dada a resposta."

Mas mesmo a desculpa sendo boa, ela não tem força junto à diretoria. Principalmente do presidente Rodolfo Landim. Para o dirigente, os treinadores devem ser tratados como executivos. E os lucros no futebol são os títulos. E Renato Gaúcho conseguiu nenhum.

As lágrimas do técnico são uma despedida antecipada...

(*) R7

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