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Guru de Bolsonaro Foto: Reprodução/YouTube |
O ministros das Comunicações, Fabio Faria, e da Defesa, Walter Braga Netto, terão que explicar a suposta viagem do escritor Olavo de Carvalho aos Estados Unidos em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Os esclarecimentos deverão ser feitos por meio de resposta escritas à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
Inicialmente, os requerimentos eram para convocação dos dois ministros. A sessão para votação dos pedidos, no entanto, contou com a mobilização da bancada governista e, por acordo, o interrogatório presencial foi transformado em um pedido de informações por escrito. O prazo para resposta é de 30 dias.
A suposta viagem foi levantada pela escritora Daniela Abade, por meio do Twitter. Ela detalhou indícios da possível carona internacional ao guru do presidente Jair Bolsonaro em 13 de novembro, após Olavo ser intimado pela Polícia Federal a depor em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga ataques à democracia.
O voo, que teria partido de São Paulo, onde Olavo estava internado no InCor para tratar insuficiência cardíaca e renal, era para transporte do ministro das Comunicações. Segundo Abade, ao chegar nos Estados Unidos, o pouso foi feito em um aeroporto doméstico e desconhecido, incomum para o trajeto, já que a cidade de Nova York possui bases com maior infraestrutura.
Em 16 de novembro, Olavo de Carvalho publicou um vídeo em um canal que possui na plataforma YouTube em que aparece em uma biblioteca, afirmando estar em casa, em solo norte-americano. A história é muito breve: eu estava no hospital e me ofereceram um voo repentino, para dali a 15 minutos. Eu não ia perder essa oportunidade, frisou.
Os requerimentos de convocação dos ministros foram apresentados pelo deputado Jorge Solla (PT-BA). Há muitas lacunas nessa história que precisam ser esclarecidas, mas o primeiro questionamento diz respeito a esse voo que caiu do céu, justificou o deputado, apontando que o escritor teria fugido do Brasil.
A Aeronáutica negou ter transportado Olavo em um avião da FAB com recursos públicos. Classificou os comentários como levianos e irresponsáveis e disse que não aceita a suposição de que teria participado de algum transporte de passageiro de maneira irregular ou oculta. Destacou, ainda, que não transportou qualquer passageiro, incluindo o sr. Olavo de Carvalho, no trecho em questão. Apenas os tripulantes que cumpriam a missão estavam a bordo.
Fonte: O Tempo
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