Fome e pobreza são principais preocupações dos mais jovens

 

Falta de emprego e meio ambiente também tiveram destaque em pesquisa sobre quais temas influenciarão seus votos em 2022.

Um a cada três querem soluções contra a miséria

REPRODUÇÃO / PIXABAY


Uma pesquisa do Ipec com jovens de 16 a 34 anos mostra que a fome e a pobreza serão as principais preocupações desse público na hora de definirem seus votos nas eleições presidenciais de 2022.

A geração de empregos e a preservação do meio ambiente são outros valores sociais considerados muito importantes.

O estudo foi encomendado pelo movimento cívico global Avaaz e pela Fundação Tide Setubal e ouviu 1.008 pessoas entre 18 e 21 de setembro.

Entre os entrevistados, um a cada três citaram o combate à fome e à pobreza como primordiais. Para 16%, a preocupação é que o país tenha uma economia forte e que crie empregos e 14% valorizam mais a preservação do meio ambiente.

"O que essa pesquisa nos mostra é que este governo falhou com os jovens: não há comida na mesa de suas famílias, eles não têm lugar no mercado de trabalho e seu futuro está sendo ameaçado pela destruição ambiental. Os candidatos precisam ter propostas para melhorar esses aspectos concretos de suas vidas se quiserem conquistar seus mais de 58 milhões de votos", disse a responsável sênior de campanhas na Avaaz, Nana Queiroz.

É baixo o número de jovens que considera a corrupção o maior problema: apenas 7% destacaram esse item.

O acesso à educação e à saúde tiveram 3% das menções cada.

A maioria foge de conversa política

Embora 20% desconheçam o que seja o Congresso Nacional ou o STF (Supremo Tribunal Federal), eles se recusam a participar do debate político. Para eles, 80% consideram o debate intolerante e agressivo.

Entre os ouvidos, 59% não falam sobre política nas mídias sociais por medo de serem cancelados ou tratados de forma agressiva.

"Eles estão famintos por soluções reais e um debate político saudável, mas, em vez disso, estamos servindo a eles um prato de discussões podres e polarização intolerante", diz Nana Queiroz.

Os dados mostram ainda que o medo da intolerância política afeta mais os jovens de menor renda: 7 em cada 10 jovens entre as famílias com renda de até 1 salário mínimo não participam das discussões sobre política nas redes sociais por medo.

Na pesquisa, os jovens opinaram que 69% da direita, para eles, é intolerante e agressiva. Mas 66% pensam o mesmo sobre a esquerda.

Talvez por isso, para 58% a divisão entre direita e esquerda não faz sentido.

(*) R7
www.carlosdehon.com

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