Insatisfeitos com Bolsonaro, alto escalão da PF ameaça entregar cargos

Insatisfeitos e sentindo-se desvalorizados pelo governo Bolsonaro, policiais federais que ocupam postos de chefia na corporação ameaçam entregar os cargos.

Uma das principais insatisfações da categoria são as perdas financeiras e de direitos com a reforma da Previdência e a PEC emergencial. Para a categoria, o presidente Bolsonaro privilegiou os miliares em detrimento dos policiais.

Além de se sentirem desvalorizados, os policiais federais também se queixaram durante atos realizados nesta terça-feira (16), em que foi comemorado o Dia do Policial Federal, de que a Polícia Federal está “submissa” ao governo Bolsonaro.

A insatisfação dos policiais federais é uma péssima notícia para o governo de Jair Bolsonaro, mas também é um reflexo do que as últimas pesquisas têm revelado: setores fiéis ao presidente começam a abandonar o barco.
Aprovação de Bolsonaro despenca entre evangélicos

O governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) é considerado ruim ou péssimo por 52% dos entrevistados, de acordo com a última pesquisa Exame/Ideia.

Já com relação à maneira como Bolsonaro lida com seu trabalho como presidente, 54% desaprovam enquanto 23% aprovam.
Recuperação teria que ser recorde


Maurício Moura, fundador do IDEIA considera que “apesar de ter um nível de aprovação sólido e constante nos últimos meses [cerca de 25% dos entrevistados], o presidente Jair Bolsonaro tem níveis de aprovação abaixo de seus pares que tentaram a reeleição”.

Moura lembra que, no terceiro ano de mandato, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff tinham um patamar de aprovação acima de 30% e menor rejeição. “E, para serem reeleitos, precisaram melhorar sua performance de popularidade no ano eleitoral. No caso de Bolsonaro, essa recuperação teria de ser recorde”, alerta.
Lula se aproxima de vitória no primeiro turno e Moro supera Ciro, diz pesquisa Quaest

O ex-presidente Lula (PT) tem 48% das intenções de voto nas eleições presidenciais de 2022, contra 21% do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), excluindo nulos e brancos. Dessa forma, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (10) pela Genial/Quaest, Lula se aproxima da vitória no primeiro turno – contando votos válidos, ele teria 56%.

O levantamento mostra, ainda, Sergio Moro – que se filiará nesta manhão ao Podemos – na frente de Ciro Gomes (PDT), que colocou sua pré-candidatura em suspenso. O ex-juiz tem 8% dos votos, enquanto o ex-ministro, 6%.

Em seguida, vem o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 2%; e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), com 1%. Felipe d’Avila (Novo) não pontuou. Os votos brancos e nulos somaram 10%, e 4% dos eleitores se declararam indecisos.

Em um segundo cenário sem Doria e com Eduardo Leite (PSDB), Lula também sai na frente com 47%, seguido por 21% de Bolsonaro. Depois, aparecem Sergio Moro (8%); Ciro Gomes (7%); Rodrigo Pacheco (1%) e Eduardo Leite (1%). Felipe d’Avila não pontuou. Os votos brancos e nulos somaram 10%, e 4% dos eleitores se declararam indecisos.

(*) REVISTA FORUM

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